Em seu discurso no comício, Trump também disse: “Testamos até agora 25 milhões de pessoas. Provavelmente são 20 milhões a mais do que qualquer outro país. Aqui está a parte ruim: quando você faz tantos testes, encontra mais pessoas, encontra mais casos. Então, eu disse ao meu pessoal: diminuam os testes, por favor.”

Ou seja, ele afirmou que impulsionou a subnotificação para ter menos casos confirmados. Essa declaração absurda evidencia o quão fundamental é que os trabalhadores norte-americanos se levantem para exigir testes massivos, podendo, inclusive, ser uma pauta incorporada ao movimento Black Lives Matter, visto que a Covid-19 mata três vezes mais os negros do que os brancos, logo, essa política genocida de Trump tem um forte impacto racial.

O presidente vem se enfraquecendo cada vez mais durante essa crise sanitária devido aos seus discursos negacionistas e xenófobicos, mas, em especial, pela forma como lidou com o assassinato de George Floyd e com as manifestações que surgiram a partir disso. A corrida eleitoral demonstra bem tal fato: John Biden, candidato à presidência pelo partido Democrata, abriu 13 pontos de vantagem sobre Trump, o que fez com que o presidente começasse a desqualificá-lo e chamá-lo de esquerda radical, que de radical não tem nada e, na verdade, se mostra aliado à burguesia imperialista.

Trump também citou o Brasil como exemplo de país que está em situação ruim em meio à pandemia, criticando a estratégia de imunidade de rebanho adotada pelo governo, isto é, fazer com que a população adquira o vírus para criar imunidade mais rapidamente. Essa declaração debilita ainda mais a imagem de Bolsonaro, dado que ele se apoia muito no Trump para seguir com sua política negacionista no Brasil.