Com o PLC 56/2021 o Plano de Previdência Complementar atinge os trabalhadores que possuem remuneração acima do teto parte da remuneração que está acima do teto. Para essa parte acima do teto, o trabalhador terá o desconto da alíquota de 8,5% e a prefeitura, contribuirá com o mesmo valor, bem diferente da proporção de hoje com os 14% pelo servidor e o dobro, 28% pela prefeitura.

Na prática, o novo regime gera insegurança para o futuro dos servidores que não saberão ao certo o valor total do seu direito até o momento da aposentadoria. Pois o projeto prevê que dependerá dos resultados dos investimentos que será feito no mercado de ações e outros investimentos. O PLC 56/2021 será aplicado para os novos trabalhadores da rede municipal de Campinas, mas impacta todo o Camprev gerando seu desfinanciamento.

Como se não bastasse, o projeto estabelece um Comitê Gestor do Regime de Previdência Complementar composto por indicados pelo prefeito e remunerados, dificultando a participação dos trabalhadores nas decisões.

STMC assiste ao ataque e escolhe criminalizar a oposição

O sindicato dos trabalhadores municipais de Campinas (STMC), possui um histórico pelego e de inúmeras alianças com a prefeitura. Não por acaso, um dos que apresentaram a proposta do PLC 56/2021 no dia 05 de novembro, na audiência pública, foi ninguém menos que Marionaldo, atual presidente da diretoria executiva do CAMPREV, um histórico burocrata que fazia parte da direção do STMC.

O sindicato continua sem chamar assembleias das categorias, sem organizar os trabalhadores e a luta nas escolas, na saúde, na assistência social mandando só alguns poucos diretores como espectadores na audiência.

Não suficiente a pelegagem, o STMC move um processo criminal calunioso contra a coordenação da Chapa de Oposição Unificada e membros do MST. É urgente que a direção sindical pelega retire essa denúncia absurda, que envolve acusação de terrorismo pelos movimentos sociais, e que cumpra o papel para que foi eleita, de ser instrumento de organização dos trabalhadores, começando por chamar assembleias para que as categorias possam se organizar para lutar contra o PLC 56.

Enquanto o sindicato mantém a presença dele apenas para os interesses da prefeitura, é necessário que os trabalhadores tomem essa luta em suas mãos, se aliando a outras categorias, movimentos sociais, enchendo a câmara municipal, se organizando em cada escola, posto de saúde e local de trabalho, criando a única força que é capaz de barrar este ataque de Dario Saad.