Mecano Fabril é uma importante autopeças de Osasco que nos últimos anos lucrou milhões vendendo peças para as principais montadoras de automóveis e recebeu inúmeros benefícios da Prefeitura da cidade (retirada de impostos e negociação das dívidas). E hoje a empresa assume um discurso de crise financeira profunda. Demitiu, precarizou o trabalho, retirou direitos e atrasa ou simplesmente não paga os salários. Já são três meses de salários atrasados!

Os trabalhadores e as trabalhadoras da Mecano não suportam mais esta situação de precarização e ataques. Já decretaram duas greves neste ano, mas até agora não conseguiram o pagamento dos salários atrasados. As greves foram encerradas com acordos que a empresa não cumpriu. O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, filiado a Força Sindical, diz que a empresa apresenta sinais reais de falência e não vê outra saída senão um possível fechamento da fábrica e o pagamento dos direitos trabalhistas na Justiça.

Na última greve, levada ao Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, o juiz assumiu o discurso da empresa e fez o que pode para “conciliar” e encerrar a greve. Os operários e as operárias perceberam que se depender da Justiça a Mecano Fabril pode efetivar sua “falência” e jogar mais de cem trabalhadores no olho da rua. O Esquerda Diário e a juventude Faísca, impulsionados pelo Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT) acompanhamos os últimos processos de luta nesta fábrica e defendemos em nossos materiais panfletados na porta da fábrica que trabalhadores e sindicato precisam radicalizar a luta.

Exigir o pagamento imediato de todos os salários e direitos atrasados e a abertura imediata das contas da empresa para termos certeza para onde foi e está indo todo o dinheiro. Fortalecer as futuras greves com atos, cortes de ruas e avenidas. Unificar as lutas em curso. Radicalizar a luta para barrarmos as demissões e os fechamentos de fábricas. Basta de precarização e retirada de direitos.

E se o patrão fechar, os trabalhadores e as trabalhadoras da Mecano Fabril devem seguir o exemplo dos operários da Mabe de Campinas e Hortolândia e ocupar a fábrica para defenderem seus empregos. Que os capitalistas paguem pela crise!