No ato os trabalhadores e trabalhadoras do hospital denunciavam a falta de máscaras e equipamentos de proteção individual (EPIs), uma das trabalhadoras afirmou que o protocolo de uso de máscaras cirúrgicas, antes da pandemia, era de uma troca a cada duas horas e que, agora, o hospital está racionando máscaras e elas recebem uma máscara para o período de 12 horas. Além disso, não recebem toucas. A situação dramática faz com que trabalhem com medo de se contaminarem e contaminar os familiares. Muitas estão comprando toucas e máscaras, já que a direção do hospital se nega a fornecer os equipamentos necessários.

“A luta não começou agora” ...

O Hospital Universitário da USP, bem como os aparelhos de saúde em geral, sofre com o sucateamento há muitos anos. De 2014 para cá o hospital perdeu mais de 300 funcionários, principalmente por causa dos programas de incentivo à demissão voluntária (PIDVs) levados pelas duas últimas gestões da universidade. Os prontos-socorros infantil e adulto permanecem fechados para a população desde 2017. Além disso, no início do ano a reitoria, sob o comando de Vahan Agpyan e a superintendência do Hospital, dirigida por Paulo Ramos Margarido, tentou avançar com a política privatista, buscando acordos com convênios médicos para abrir a segunda porta e financiamento privado.

Por isso que a gente não tá parando de lutar, se a gente conseguir alguma coisa vai ter que ser assim

Veja os vídeos com o depoimento de duas trabalhadoras do hospital:

SAIBA MAIS: Comitê Virtual Esquerda Diário organiza denúncia das condições de trabalho no Hospital Universitário da USP