Foto: reprodução/Rede Globo

Dez pessoas morreram durante uma operação da Polícia Militar no bairro de Quintino, Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (03/02). Segundo a PM, seis suspeitos foram presos.

De acordo com moradores do local, os disparos começaram por volta das 5h. "Pessoas presas em casa porque não podem trabalhar", disse mensagem de uma moradora.

Os agentes fizeram abordagens a pessoas que passam pela parte baixa da comunidade. Um Caveirão foi visto também participando da ação.

Ontem foi a menina Ana Clara, de apenas 5 anos, na cidade de Niterói (RJ), atingida na frente de casa enquanto brincava com seu irmão. Somente em 2020 foram 99 crianças assassinadas no estado do Rio de Janeiro. Uma a cada quatro mortes violentas no Rio de Janeiro, ocorre em ações da Polícia. A mesma instituição que permite o retorno às ruas do Major condenado (!) pela morte do Amarildo em 2013.

É preciso lutar pela auto-organização dos trabalhadores e trabalhadoras, da população negra, juventude, mulheres e LGBT, para questionar todo esse regime do golpe institucional, sem nenhuma confiança nas instituições que acobertam essa polícia racista e assassina, braço armado da burguesia golpista, como o judiciário racista.

É uma utopia reformar a instituição policial; pois ela é base estrutural para manter a propriedade capitalista. É fundamental ter uma perspectiva de luta para superar o capitalismo e por uma sociedade onde não será necessária a polícia.