Repudiamos veementemente as demissões aos trabalhadores da Trensurb que foram presos durante a Greve Geral do dia 14 de junho contra a Reforma da Previdência do Bolsonaro.
quarta-feira 19 de junho de 2019 | Edição do dia
A Direção do Trensurb/RS nesta terça (18) demitiu os 6 funcionários grevistas que foram presos durante um piquete nos trilhos do trem na Greve Geral do dia 14 de junho. A Trensurb que que responde diretamente ao Governo Federal, segue de forma autoritária punindo os trabalhadores que lutam para manter seus direitos e barrar a nefasta Reforma da Previdência do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
No Estado do Rio Grande do Sul a repressão policial aos grevistas foi brutal, com bombas de gás, bala de borracha, cavalaria e etc. E ocorreu ao todo 75 prisões em todo o Estado, incluindo os funcionários da trensurb. Reprimindo o direito democrático de greve dos trabalhadores em pode se mobilizar contra a retirada de seus direitos.
Veja também nota da Fenametro sobr...
Nós do Esquerda Diário repudiamos veementemente as demissões dos trabalhadores da Trensurb pois essa atitude é um avanço autoritário do Estado em punir os grevistas que lutam para não trabalharem até morrer.
Segue abaixo a nota do Sindimetrô/RS:
"O Sindimetrô/RS vem a público manifestar o seu repúdio à direção da Trensurb pela atitude autoritária e tentativa de criminalizar o movimento da classe trabalhadora, com a suspensão do contrato de trabalho de seis funcionários.
No dia 14 de junho, os trabalhadores do país estavam exercendo o seu direito constitucional de realizar a greve. No caso dos metroviários, cumprindo todos os trâmites legais e, inclusive, com divulgação na mídia sobre a realização da paralisação.
Cabe salientar que, por ter sido informada com a devida antecedência, a população sequer foi às estações procurar esse transporte. No entanto, numa visível prática antissindical, a empresa fazia circular trens vazios e tentava coagir funcionários para furarem a greve.
Diante disso, coube aos dirigentes sindicais o dever de proteger e garantir aos demais trabalhadores o direito de greve, aquilo que os chefes tentavam impedir que acontecesse.
A direção da Trensurb, mantida pelo governo Bolsonaro, autor da famigerada reforma da Previdência, quer calar a voz da categoria.
No presente caso, não houve sequer uma acusação formal por parte do agente policial e a punição sumária a que os colegas foram submetidos é arbitrária, violenta e antidemocrática.
Essa atitude remete aos piores tempos da ditadura! O administrador nomeado se traveste de juiz e pune, sem respeitar o rito jurídico e a Constituição Federal.
É necessário que o movimento sindical, popular e estudantil, além da solidariedade ativa, exija a revogação imediata dessas punições carregadas de ilegalidades e autoritarismo.
Diretoria do Sindimetrô/RS
Porto Alegre, 18 de junho de 2019"