Termina o ciclo político iniciado no Chile pela Rebelião de outubro de 2019. A votação de 62% em rechaço à nova Constituição, apresentada pela Convenção Constituinte, foi um marco definidor desse longo processo. A estrepitosa derrota da política de Boric junto à Convenção altera os sinais políticos do país, que vive um ressurgimento das forças morais da direita, de um lado, e da centro-esquerda liberal, que cava seus postos de controle com a mudança ministerial no governo, de outro, com o giro de Boric ainda mais à direita. Isso entretanto, não implica respaldo da população à direita, a crise no Chile está aberta e as demandas de Outubro de 2019 não foram resolvidas. André Barbieri, editor do Ideias de Esquerda, e Pablo Torres, dirigente do Partido dos Trabalhadores Revolucionários (PTR) no Chile discutem as lições estratégicas do processo chileno que levou da rebelião ao rechaço, e as lições para o Brasil, diante da constatação de que a conciliação de classes sempre fortalece a direita.
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