Foi mostrado no Esquerda Diário a precarização das condições de trabalho aos voluntários das olimpíadas e a desapropriação violenta de moradores, o que nada mais é, que o capitalismo mostrando que para lucrar tudo faz, tudo é capaz.
segunda-feira 22 de agosto de 2016 | Edição do dia
As cerimônias de abertura e encerramento das olimpíadas, mostraram uma realidade fantasiosa da história do Brasil. Começaram romantizando e embelezando o processo de colonização e miscigenação do país, que na realidade foi um processo violento, feito na base do derramamento de sangue indígena e estupro.
Queriam mostrar para o mundo que eram ecologicamente corretos, achando que nos esquecemos de Mariana, um dos maiores desastres ambientais do país, que já vai completar 10 meses e a Samarco segue impune.
Já na cerimônia de encerramento, a hipocrisia continuou. Mostraram pinturas rupestres, querendo dizer ao mundo que arte anônima é importante, porém todos os dias as artes das favelas são criminalizadas, principalmente o pixo. Aqui em Minas Gerais, por exemplo, três pichadores conhecidos foram presos sob acusação de “crime ambiental” e uma loja de artigos para grafite foi fechada, tirando o sustendo de uma família. O que acontece aqui em Minas Gerais, não é diferente da repressão em outros estados.
O Brasil, um dos países mais intolerantes, para completar trouxe mães de santo para se apresentarem, querendo mostrar que as respeitam, quando na realidade, colocam fogo em terreiros e perseguem pessoas de religiões de matriz africana todos os dias.
Qualquer figura política, iria querer aparecer ao máximo nas olimpíadas, mostrando seus feitos, inclusive o primeiro ministro do Japão apareceu vestido de Mario. Já o golpista Temer, preferiu nem comparecer a cerimônia, confirmando ao mundo quão covarde é.
É preciso entonar mais vozes anticapitalistas na luta contra a hipocrisia burguesa e as repressões a minorias, que apesar do que foi mostrado nas olimpíadas, são presentes no dia a dia dos brasileiros.