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Garimpo
Narcotraficante foragido recebeu 18 autorizações para garimpo no governo Bolsonaro
Diego Nunes

Em setembro de 2019 Bolsonaro lançou o “Programa Mineração e Desenvolvimento” que é um verdadeiro vale-tudo no garimpo. Em fevereiro de 2020 o PL191 autorizou a mineração em terras indígenas e em áreas de proteção ambiental, desde então a Agência Nacional de Mineração (ANM) emitiu diversas autorizações de lavra entre as quais 18 para Heverton Soares Oliveira vulgo “Grota” ou “Garimpeiro”, narcotraficante ligado ao PCC.

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Foto: Marcos Correa/divulgação Revista Globo Rural

Todas as autorizações concedidas a “Grota” foram protocoladas no mesmo mês de setembro de 2019 em que Bolsonaro lançou o programa, seria apenas uma coincidência? Diversas denúncias de indígenas, que lutavam contra o marco temporal em Brasília, foram feitas contra garimpeiros armados invadindo suas terras e assassinando lideranças. Na última denúncia a Hutukara Associação Yanomami (HAY) relatou o assassinato, cometido por garimpeiros, de duas crianças indígenas da Comunidade Isolada Moxihatëtëma em Roraima.

Em 5 de novembro de 2020 Bolsonaro recebeu lideranças do garimpo e ameaçou retirar o papel de analisar e conceder autorização de lavra da Agência Nacional de Mineração passando para o Ministério de Minas e Energia, foi então que a ANM começou a emitir um festival de autorizações de lavra. Em 26 de outubro de 2021 Bolsonaro visitou na cara dura um garimpo ilegal em Roraima, quem sabe se não para fazer negócios com o narcogarimpo?

Leia também: Área de mineração e garimpo crescem e ameaçam áreas protegidas e terras indígenas

Heverton Soares Oliveira possui processos e é investigado em Roraima, São Paulo e no Maranhão onde o Ministério Público relata que ele é chefe de organização criminosa com conexão com o PCC. Além de “Grota”, Silvio Berri Junior preso na operação “Enterprise” da Polícia Federal recebeu 10 autorizações para garimpo da ANM. Estima-se que o negócio dos narcotraficantes ligados ao garimpo movimentou mais de 1 bilhão de reais e não se resume apenas a pessoas físicas mas diversas empresas envolvidas em lavagem de dinheiro.

A máfia do garimpo e do narcotráfico claramente beneficiada pelo governo Bolsonaro, avança junto com os latifundiários contra os povos originários e não podemos depositar confiança no judiciário ou em operações da PF para a proteção desses povos. É preciso unificar trabalhadores, juventude e indígenas para golpear Bolsonaro, Mourão e todo esse regime podre do golpe com um só punho, para que sejam os capitalistas do garimpo, do narcotráfico, dos latifúndios, do agronegócio, das indústrias e todos os exploradores que paguem pela crise que criaram.

 
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