Foto: Reprodução Twitter
Em meio a esforços de alas do regime político golpista para desgastar o presidente Jair Bolsonaro e fortalecer uma terceira via de direita, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pretende discursar hoje ao Senado contra a volta do voto impresso.
Bolsonaro, defendendo a pauta como parte de sua preparação para uma possível derrota nas eleições de 2022, foi ao Twitter sugerir que o ministro esteja sendo chantageado por José Dirceu (do PT, que está preso) com o sigilo de um vídeo pornográfico. A sequência de tuítes do presidente "elucida" que a prática é "esquerdista" e "cubana".
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Segundo Barroso, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, a urna eletrônica surgiu para superar um "histórico de fraudes que tínhamos desde o tempo do Império", e não se poderia "deslegitimar as eleições brasileiras por um discurso de quem não aceita perder".
O ministro destacou que o discurso de Bolsonaro de que a eleição seria fraudada não é crime, mas que se alguns comportamentos do presidente forem considerados como atentados à liberdade do voto e à democracia, poderia haver um crime de responsabilidade, porém no caso já seria uma questão para o senado resolver.
Ele não analisou os eventos antidemocráticos como o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 nem as eleições de 2018, que foram manipuladas dada a prisão arbitrária de Lula e o sequestro de milhares de títulos de eleitores.
Outros bolsonaristas têm sustentado a versão do presidente e escalado em alucinações nas redes sociais.
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