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MISÉRIA CAPITALISTA
Em 2019, mais de 37% da população brasileira possuía dificuldades de acesso a água
Redação

Dado divulgado nesta quarta-feira (23/06) pelo IBGE mostra falta de condições básicas para parte razoável da população, algo fundamental para a higiene mais básica, e que fica ainda mais importante durante a pandemia. Os negros são mais atingidos, bem como moradores do Norte e do Nordeste.

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(Foto: Divulgação/Cesan)

Os dados são dos Indicadores Sociais de Moradia no Contexto da Pré-Pandemia de Covid-19, elaborados pelo IBGE e divulgados hoje. 37,8% da população mora em domicílios com alguma vulnerabilidade de acesso a água, sendo 3,4% em domicílios sem canalização interna, e 10,2% não recebiam água todos os dias.

Existem diversas características que caracterizam uma situação de vulnerabilidade: não ter estrutura para armazenamento de água, não receber abastecimento diário, mesmo ligado a rede geral, ou não estar ligado a rede geral, incluindo não possuir canalização interna, a situação mais grave.

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No Norte 70,4% da população vivam em vulnerabilidade (10,7% sem canalização interna). Além disso, 41,8% da população não possuía ligação com a rede geral de abastecimento. O Pará é o estado com maior proporção de pessoas vivendo sem canalização interna, chegando a 13,8% da população nessas condições.

No Nordeste, 58,9% viviam em vulnerabilidade, e 7,9% sem canalização interna. O Nordeste foi líder entre a população que não tinha fornecimento diário de água, com 24,8%, mais que o dobro da média nacional. Esse número chega a 46,6% na Região Metropolitana do Recife.

Em mais uma mostra do racismo que ainda é extremamente forte no Brasil, a população possuía menos acesso a água que a população branca. 12,5% dos negros não possuíam abastecimento diário de água em casa, acima da média nacional de 10,2%. Entre os negros, 4,8% não possuem canalização interna, taxa mais de três vezes maior do que entre a população branca, onde 1,6% viviam nessas condições.

Esses dados, que podem ter piorado neste mais de um ano de pandemia, se juntam aos dados sobre fome e insegurança alimentar para pintar um quadro da situação dos trabalhadores brasileiros em meio a crise econômica e sanitária. Além disso, com a privatização de serviços de abastecimento de água, como a CEDAE no Rio de Janeiro, a tendência é uma piora nesses dados.

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