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Contra as privatizações | Trabalhadores da Sabesp aprovam greve no dia 3/10 contra as privatizações de Tarcísio em SP

Trabalhadores e trabalhadoras da Sabesp decidiram ontem (26), em assembleia virtual, deflagrar greve no dia 3 de outubro contra os ataques privatistas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No dia 3, outras categorias também vão se unificar a greve contra as privatizações como metroviários e ferroviários da CPTM. Trabalhadores da USP também aprovaram paralisação e os estudantes da USP que protagonizam uma importante greve pela contratação de professores e também contra a precarização na universidade, parte do projeto de privatizações, também estarão unificados.

quarta-feira 27 de setembro de 2023 | Edição do dia

Nesta terça-feira (26), trabalhadores e trabalhadoras da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) decidiram através de uma assembleia virtual deflagrar greve no dia 3 de outubro contra o plano de privatizações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo informações divulgadas pelo sindicato, 98% dos presentes na assembleia aprovaram a greve, que contou com participação de trabalhadores de todo o estado.

A aprovação da greve pelos trabalhadores e trabalhadoras da Sabesp é um importante passo rumo a um dia unificado de greve com outras categorias como os metroviários e os ferroviários da CPTM, mostrando o caminho da luta de classes para enfrentar os ataques. Além destas categorias também os trabalhadores da USP aprovaram greve para o dia 3, e se somam a mobilização os estudantes em greve que estão em luta pela contratação de mais professores na universidade e que ontem reuniram milhares nas ruas de São Paulo também contra as privatizações de Tarcísio. Os servidores federais também aprovaram uma paralisação nacional para o dia 3 e devem realizar um ato em Brasília.

Como forma de mobilizar pela base todas estas categorias e trabalhadores e trabalhadoras entendemos que é fundamental batalhar por um Comando de Greve unificado com representantes eleitos nas assembleias de cada categoria em luta, para fortalecer e coordenar a luta com a auto-organização dos trabalhadores. Da mesma forma seria um passo muito importante avançar em um Comitê Unificado para coordenar efetivamente as lutas, que poderiam no dia 3 se unificar em uma grande manifestação de rua para enfrentar o governo Tarcísio. Essas seriam formas de avançar para colocar de pé uma verdadeira greve geral contra as privatizações no dia 3.

Neste sentido, o chamado feito pelos metroviários de São Paulo, por assembleias unificadas deliberativas das categorias em greve, nos dias 2 e 3, para que a base dos trabalhadores possa decidir, em unidade, sobre os rumos e a continuidade ou não da greve e demais medidas de luta em unidade é uma proposta importante que poderia construir estas coordenações e votar um Comando de Greve, batalhando para que a mobilização seja organizada em cada local de trabalho, evitando inclusive que esteja apenas nas mãos apenas das direções dos sindicatos e sim dos trabalhadores e trabalhadoras os rumos esta luta.

Estes ataques de Tarcísio à nível estadual em São Paulo se apoiam em políticas como o novo teto de gastos do governo Lula-Alckmin, o arcabouço fiscal, e se somam às reformas que o governo já disse que não vai revogar, como a trabalhista e da previdência, e se fortalecem com a política de conciliação, com o Ministério que Lula acaba de dar ao Republicanos, partido de Tarcísio, e com medidas como a privatização dos transportes federais, como vêm se dando em Belo Horizonte e Recife.

Temos de seguir o caminho da luta de classes, exigindo das centrais sindicais como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, que realizem assembleias em cada sindicato pelo país e construam uma paralisação nacional contra os ataques, que se possa debater e construir um verdadeiro plano de lutas que se apoie na mobilização dos trabalhadores em São Paulo no dia 3, que da mesma forma a UNE (União Nacional dos Estudantes) seguindo o exemplo dos estudantes da USP coloque de pé uma paralisação nacional contra a precarização das universidades e contra o Novo Ensino Médio, enfrentando este governo de frente ampla para derrotar todos os ataques e também a extrema direita que sobrevive graças à conciliação.




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