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OPERAÇÃO CUSTO BRASIL | Secretário de Gestão na prefeitura de São Paulo é preso nesta quinta-feira

A Polícia Federal voltou à ofensiva contra a corrupção do PT. Uma das figuras mais importantes dos governos Lula e Dilma, Paulo Bernardo, foi preso na manhã desta quinta-feira e leva consigo o atual Secretário de Gestão de Fernando Haddad na prefeitura de São Paulo.

quinta-feira 23 de junho de 2016 | Edição do dia

Ex-ministro do planejamento do Governo Lula e ministro das comunicações no primeiro mandato de Dilma, Paulo Bernardo foi preso nesta quinta-feira (23), após investigações da Polícia Federal que indicam o recebimento de R$7 milhões através de um escritório de advocacia ligado ao seu nome. Este valor teria vindo de desvio de R$100 milhões de reais da pasta do Planejamento, retirados do crédito consignado destinado originalmente aos funcionários públicos.

Valter Correia da Silva, secretário municipal de Gestão da prefeitura Haddad em São Paulo, também foi detido pela polícia federal nesta manhã. Ele foi assessor de Paulo Bernardo no Ministério do Planejamento e chefe da Assessoria Especial para Modernização da Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de novembro de 2012 a fevereiro de 2015, além de Secretário-Executivo Adjunto de fevereiro de 2011 a novembro de 2012 e Secretário de Gestão de 2005 a 2007.

Da Silva solicitou, por meio de seu advogado, a exoneração do atual cargo na prefeitura de São Paulo para poder se defender das acusações sem que tenha vínculo com a prefeitura. Segundo nota da prefeitura de São Paulo: "No tempo em que ocupou a Secretaria de Gestão, Valter Correia da Silva, cumpriu suas funções com diligência de forma transparente e republicana”.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal, conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, empresas do Grupo Consist Software faziam repasses a pessoas encarregadas de intermediar os subornos. A suspeita se baseou em depoimento do empresário Milton Pascowitch, em acordo de delação premiada da operação Lava Jato. As prisões de hoje foram resultado da Operação Custo Brasil, realizada em conjunto pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita Federal, e é um desdobramento da Operação Lava Jato. A operação leva este nome, Custo Brasil, em referência aos custos burocráticos que o capital estrangeiro encontra ao ser investido no Brasil. A ideia de que estes custos viriam apenas da corrupção serve apenas para encobrir que na realidade o maior custo do Brasil é o pagamento da dívida pública com bancos privados que realizam seus lucros sobre o dinheiro dos trabalhadores brasileiros.

Nesta quinta-feira ainda foram alvos de mandados de condução coercitiva, o ex-ministro da Previdência e da Secretaria da Aviação Civil, Carlos Gabas, e o jornalista Leonardo Attuch, dono do site Brasil 247, conhecido portal de defesa das políticas petistas. Em nota, o Brasil 247 desmente a versão de que Attuch foi conduzido coercitivamente e afirma que o jornalista foi convidado e comparecerá voluntariamente para depor. E também Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência do governo Dilma, teve sua casa alvo de busca e apreensão, mas não foi conduzido para depor.

Essa nova operação da Lava-Jato pode ser considerada uma importante ofensiva contra o PT, que teve sua sede nacional militarizada no centro de São Paulo durante todo o dia, além de computadores partidários apreendidos. Isso faz parte dos ataques reacionários orquestrados por Sérgio Moro contra o PT, partido que incorporou todos os métodos de corrupção de seus antecessores e aprofundou os esquemas de desvios no país.




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