No vale-tudo da guerra comercial contra a China, Biden apoia despejo de dejetos altamente tóxicos na natureza em troca de apoio japonês contra a China. Representações de outros países colocaram atrito em tal decisão.
sexta-feira 16 de abril de 2021 | Edição do dia
Foto: Kevin Lamarque/Reuters
O governo Biden, em intuito de alinhar o Japão ao seu lado para angariar apoio contra a China, recebeu o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga para ser sabatinado com perguntas sobre como confrontar a China. Em troca do apoio, esperado pelos EUA, Suga conseguiu que o governo estadunidense apoiasse a decisão do Japão de despejar águas radioativas de Fukushima no mar, o que seria um descalabro ambiental. Tal decisão escandalosa gerou reações de diversas representações de vários países.
O jornal sul-coreano Chosun relatou que o presidente Moon Jae-in pretende processar o Japão em corte internacional, classificando o ato como “totalmente inaceitável".
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, também se pronunciou:
— O oceano não é a lata de lixo do Japão, o Oceano Pacífico não é o esgoto do Japão. O Japão não pode deixar o mundo inteiro pagar pela forma como gerencia suas águas com resíduos nucleares —
Outros países vizinhos da China também atacaram a decisão, como a Coreia do Norte e até mesmo Taiwan, que possui conflitos históricos com a China, com intensa cobertura dos jornais chineses e russos.