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Petrópolis | Prefeitura de Petrópolis (PSB) já sabia do risco de destruição de 15 mil imóveis pelas chuvas desde 2017

Prefeitura tinha o acesso a uma pesquisa realizada em 2017 que apontava o risco de 15.240 moradias serem destruídas em por conta de chuvas no distrito mais atingido pela recente tragédia, totalizando 27.704 moradias com esse risco nos cinco distritos da cidade.

quinta-feira 17 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

IMAGEM: CARL DE SOUZA / AFP

A prefeitura de Petrópolis tem sabia, através de um levantamento que tem em mãos desde 2017, que 15.240 habitações corriam um alto ou muito alto risco de destruição em decorrência de chuvas no 1º Distrito do município. Algo que culminou em pelo menos 104 mortes e dezenas de desaparecimentos durante as fortes chuvas e deslizamentos de terra que atingiram a cidade na última terça-feira (15).

Os dados foram apontados pela empresa Theopratique obras e Serviços de Engenharia e Arquitetura, que tinha sido contratada pelo município por R$ 400 mil, como parte de um plano municipal de redução de riscos, inclusive o mapeamento chegou a levantar 27.704 moradias com esse tipo de risco ao todo, considerando todos os cinco distritos da cidade.

No levantamento, também destaca a região de Oswero Vilaça, como a que continha mais casas em perigo, cerca de 729 imóveis, sendo 240 deles, no nível mais crítico de perigo. Havia também uma proposta de contenção de riscos, o que envolveria uma captação de recursos de R$ 35 milhões, sendo a maior parte disso voltada para o reassentamento de moradores dessa região.

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Desde então, não há respostas da prefeitura de Rubens Bontempo em relação a providências tomadas desde o estudo, ou mesmo medidas dos governos estadual, de Cláudio Castro e federal, de Bolsonaro. Pelo contrário, há medidas que agravaram a situação, como o corte de 35% de recursos voltados para o combate a enchentes, aprovado por Bolsonaro, tratando-se de um caso extremamente grave de descaso do Estado pela vida das pessoas que se submeteram a essa tragédia cujos danos não foram prevenidos.

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Tal fato só escancara a necesidade de uma saída profunda, através de uma reforma urbana radical financiada pela taxação das grandes fortunas, voltada para garantir a habitação de todos, reurbanização e reparação e conservação do patrimônio histórico da cidade.




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