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Eleições 2022 | Moro acena aos evangélicos, marca encontro com R.R Soares e fala contra o direito ao aborto

O lava-jatista Sergio Moro, agora presidenciável pelo Podemos, mostra que também nas eleições, sua prioridade é atacar os direitos e as liberdades democráticas.

segunda-feira 27 de dezembro de 2021 | Edição do dia

Imagem: Lula Marques

O ex-juiz Sergio Moro, uma das principais figuras que personificam o golpe institucional e representa o intervencionismo norte-americano no país, é conhecido por ser a cara da Lava Jato e ter sequestrado o poder de voto de milhões de brasileiros.

Além de ter ganhado bastante dinheiro nas operações da Lava Jato, Moro foi premiado com o cargo de Ministro da Justiça pelo presidente Bolsonaro, agora, seu concorrente nas eleições de 2022 e de quem procura desvencilhar sua imagem, o que é com certeza, o processo mais difícil da sua vida, já que além do seu passado, as posições políticas de ambos frequentemente coincidem.

O reacionário defensor do "Pacote Anticrime", aprovado quando era Ministro, agora volta à cena querendo agradar os setores mais conservadores da sociedade. Na época da aprovação do "Pacote Anticrime", Moro ainda defendeu itens que não foram aprovados como o excludente de ilicitude (verdadeira licença aos policiais para matarem), a prisão em segunda instância e o uso de delações em favor dos grandes empresários corruptos (com o “plea bargain”). Segundo jornais, em encontro com lideranças evangélicas, Moro tratou com orgulho sua trajetória frente ao Ministério da Justiça e teria se colocado frontalmente contra a descriminalização das drogas.

O ex -juiz e ex-Ministro que deve se encontrar nesta terça (28) com líder evangélico e megaempresário R.R Soares, ainda teria dito às lideranças religiosas que promete não mexer na legislação sobre o direito ao aborto, pauta histórica do movimento de mulheres também no Brasil, onde estima-se que mais de 500 mil mulheres morram em decorrência de aborto clandestino todos os anos.

Moro que outrora disse absurdos como "que infelizmente alguns homens terminam usando da violência física pela intimidação que sentem das mulheres que hoje tem um papel crescente na sociedade" e que os mais de 80 tiros disparados em direção ao músico Evaldo, morto pela polícia "é algo que pode acontecer", continua tendo como alvo os direitos das mulheres, dos negros e dos trabalhadores, escancarando a falácia da "terceira via".




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