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MAIS UMA DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA | Milhares de mulheres nas ruas de São Paulo contra Cunha e pelo direito ao aborto

Depois do forte ato no Rio de Janeiro, nesta sexta foram as ruas de São Paulo que viram que a luta contra Cunha e o PL 5069, formulado por Cunha e pelo PT está só começando. A luta pelo direito ao aborto, contra o machismo e o conservadorismo se expressou com toda força. Na manifestação também houve críticas a Bolsonaro e a direita, mas também a Dilma e o PT.

sábado 31 de outubro de 2015 | 04:30

Em breve a cobertura completa, com mais vídeos, no Esquerda Diário

A força do movimento de mulheres que se viu no Rio de Janeiro na última quarta, com mais de 2 mil mulheres, e na mesma data em Campinas, se sentiu dois dias depois na capital paulista. Na noite desta sexta milhares de mulheres marcharam em São Paulo.

Em sua maioria eram mulheres jovens que gritavam pelo direito de decidir sobre próprio corpo e sobre sua sexualidade, reivindicando seu prazer.

Mas diversas gerações de mulheres também estiveram presentes para fazer ouvir seu grito de indignação contra mais este ataque ao direito das mulheres. Em cada canto do ato se expressava a energia de um movimento que se levanta contra a opressão e que está só começando.

Este vídeo percorre o ato e mostra a energia e as demandas que foram levantadas.

Estavam presentes o grupo de mulheres Pão e Rosas (MRT e independentes), o Movimento Mulheres em Luta (PSTU e outras organizações), o Juntas (PSOL), as mulheres do Rua (PSOL), do Levante Popular da Juventude (ligado ao governo do PT), Marcha Mundial de Mulheres (PT), mulheres da UJS (PCdoB), entre diversos outros grupos, como as Católicas pelo direito de decidir. Também estiveram presentes representantes de do Sindicato de Trabalhadores da USP.

O ato foi convocado com eixo contra o PL de Cunha e do PT que restringe o acesso ao aborto legal e obriga a mulher a comprovar com exame de corpo de delito que sofreu violência sexual. Os gritos contra Eduardo Cunha, que virou um inimigo privilegiado de todos que lutam contra a opressão, eram dos que mais se ouvia, junto ao direito ao aborto. Todas ali sentiam o drama daquelas que morreram por aborto clandestino, uma a cada dois dias no Brasil e questionavam a relação do Estado e do governo com as igrejas. As mulheres já não querem mais aceitar as diferentes formas e níveis de violência desde infância e cotidianamente, como pudemos ver nos relatos do “meu primeiro assédio” que tomaram as redes sociais.

Segundo os organizadores o ato teve 15 mil pessoas, segundo a PM 5 mil. Foram 5 kilometros de caminhada por grande parte da Avenida Paulista até o centro, onde o ato terminou em frente a Catedral da Sé, com uma emotiva concentração das mulheres cantando.

Veja depoimentos das mulheres na manifestação nesse vídeo

Maíra Machado, professora de Santo André e diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT, ressaltou que “A impressionante força e energia do ato mostram que é o momento de construir um grande movimento de mulheres para impor a conquista do aborto legal, seguro e gratuito. Nesta luta, teremos que nos enfrentar não somente com o famigerado Cunha e toda essa velha direita com seus Bolsonaros, mas também o PT, que agora ajuda a sustentar Cunha. O presidente do PT de Rondônia também está por trás da elaboração do PL 5069. E, apesar de Dilma ser uma mulher, nos 13 anos do governo do PT em nada se avançou na legalização do aborto. E o que tem para as mulheres e para as trabalhadoras são cortes bilionários na verba das creches e da saúde e milhares de mulheres morrendo no aborto clandestino. Seria um passo importante na luta contra o machismo.”




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