Em poucos anos mais de 16% do petróleo nacional já foi entregue ao imperialismo. Bolsonaro quer aprofundar esse legado de Temer.
terça-feira 1º de janeiro de 2019 | Edição do dia
Temer se despede do Palácio do Planalto com o histórico de ter sido o mais odiado presidente que se tem noticia no país. Escândalos de corrupção, reforma trabalhista, PEC do teto de gastos, sucateando a saúde, educação e todos direitos sociais são alguns de seus odiosos legados, elogiados pelo reacionário Bolsonaro. O presidente que toma posse promete aprofundar essas barbariedades querendo acabar com seu direito de se aposentar e acabar com os direitos trabalhistas com sua carteira de trabalho “verde e amarela”.
Outro legado menos conhecido de Temer é o imenso avanço na entrega do petróleo nacional para o imperialismo, especialmente o americano. Bolsonaro e sua devoção a Trump prometem avançar ainda mais na completa entrega dos recursos nacionais.
Bolsonaro e sua equipe de militares e neoliberais estudam acabar com o regime de partilha para o pré-sal, com ele o Estado Brasileiro arrecada entre 40% e até 82% do que é produzido. Querem mudar para o regime de concessão, onde dificilmente a arrecadação chega a 40%.
Temer, acabou com a obrigatoriedade da Petrobras ser operadora das plataformas do pre-sal e acabou com a exigência de “conteúdo nacional” nos equipamentos da exploração petrolífera para facilitar a entrada imperialista. Também deu passos imensos para avançar o roubo da riqueza nacional.
Ainda no governo Dilma Roussef, sob gestão de Graça Foster, começaram os “leilões do pre-sal” e a venda pela estatal de campos de petróleo, ou pelo menos de parcelas dos campos que ela explora. Sob o governo do PT esta privatização ganhava o nome eufemístico de “desinvestimento”.
Assim, começando com o PT e muito aprofundado por Temer, a produção de Petróleo do país passou de ser 93% da Petrobras (como consta no anuário da ANP de 2013) para 77,80% em 2018 (como consta no último anuário). Às escondidas 16% da produção foi parar em mãos estrangeiras!
Depois desta estatística de 2017, no ano passado campos cruciais também foram privatizados, como os de Pargo, Vermelho, Baúna, e os mega-campos de Marlim na Bacia de Campos. E essa entrega que Bolsonaro promete aumentar!
Bolsonaro promete acabar com as aposentadorias e avançar contra os direitos trabalhistas e sociais. A entrega das riquezas nacionais também consta em sua agenda, em especial a entrega do Petróleo e a privatização total ou parcial da Petrobras.
Precisamos organizar em cada local de trabalho e estudo a luta contra a privatização da Petrobras, contra a entrega de novos campos aos imperialismo, e lutar para que estes vastos recursos não sirvam nem ao saque imperialista ou a esquemas de corrupção, mas ao povo. Isso só é possível lutando por uma Petrobras 100% estatal gerida pelos petroleiros com controle popular, que poderá garantir completa transparência, eficiência, segurança operacional para usar estes recusos em prol da maioria do povo.