Em dia decisivo da greve nacional dos Correios, trabalhadores fazem forte manifestação de milhares em Brasília, em frente ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde está sendo julgado o dissídio coletivo da greve.
segunda-feira 21 de setembro de 2020 | Edição do dia
A histórica greve dos Correios, que já supera 30 dias, está se enfrentando contra os duros ataques de Bolsonaro e Guedes, que estão retirando direitos e agora querem privatizar os Correios.
Desde a manhã desta segunda-feira (21), milhares de ecetistas de todo o país se reúnem em Brasília, numa forte manifestação que marca o julgamento do TST sobre o dissídio coletivo.
Natália Mantovan, trabalhadora dos Correios e do Esquerda Diário fala direto do ato nacional em Brasília
A greve ocorre em meio à uma difícil conjuntura nacional, onde o reacionário governo de Bolsonaro está em um verdadeiro pacto com o Congresso, o judiciário, os militares e diversos atores desse regime golpista, para atacar os trabalhadores, mas o dia D ficou marcado pela resistência dos trabalhadores.
Nesse mais de um mês de greve, os trabalhadores vem dando exemplo de luta contra a retirada de direitos e a ameaça de privatização por parte do governo de Bolsonaro, Mourão e Guedes. Agora, são centenas de milhares de trabalhadores que terão seu futuro decidido pela mesma Justiça que decretou na semana passada que os motoristas de Uber são usuários e não trabalhadores, demonstrando não estar na defesa dos direitos trabalhistas.
Marcelo Pablito, candidato da Bancada Revolucionária de Trabalhadores à vereador de São Paulo declarou ao Esquerda Diário que “as centrais sindicais, a começar pela CUT e CTB, deveriam romper imediatamente a trégua que estão com Bolsonaro e organizar uma solidariedade e apoio ativo à greve dos Correios. É uma greve dura, mas que pode ser um ponto de apoio fundamental para enfrentar o conjunto dos ataques do governo, como a reforma administrativa”.
Nós do Esquerda Diário estamos cobrindo a greve desde o primeiro momento, presencialmente nas marchas e manifestações, nos centros de distribuições e nos centros das cidades. Chamamos todos os nossos leitores a apoiar essa greve.