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CUNHA E O STF | Cunha golpista é afastado da Câmara por liminar do STF

Por determinação de liminar expedida pelo ministro do STF, Teori Zavascki, o reacionário Eduardo Cunha deve ser afastado do cargo de deputado federal.

quinta-feira 5 de maio de 2016 | Edição do dia

Eduardo Cunha é acusado de "constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar investigações", segundo liminar concedida pelo ministro do STF em resposta ao pedido de afastamento feito pela Procuradoria Geral da República.

Seu afastamento do cargo de deputado implica consequentemente no fim de sua liderança na Câmara, que será assumida pelo deputado Waldir Maranhão (PP-MA), também réu da Lava Jato, tão corrupto e reacionário quanto todos os deputados golpistas. A liminar possibilita recurso.

A decisão feita através de liminar hoje, que ainda deverá ser julgada por todos os ministros do Supremo, extrapola o julgamento do pedido protocolado pela Rede Sustentabilidade para que Eduardo Cunha seja afastado da presidência da Câmara dos Deputados por ser réu em ação penal da Operação Lava-Jato, bem como acelera o sentido do “Partido Judiciário”, trabalhando como árbitro político para “limpar” o golpe e fortalecer um governo Temer, que já entra deslegitimado.

Cunha é réu do STF por unanimidade e acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, tendo recebido 5 milhões em propina de contratos de navio sonda nos esquemas de corrupção da Petrobras. Inquestionável inimigo dos LGBTs e das mulheres, não foi removido por ser corrupto como toda a Câmara dos deputados e por chefiar esquemas de corrupção, mas como meio de tornar o golpe aceitável e preparar terreno para os ataques ainda mais duros aos trabalhadores do que vinha aplicando Dilma.

Seu afastamento serve para justificar a generalização da Lava-Jato e o bonapartismo do Judiciário para rasgar a constituição quando queira, para dar uma cara honesta ao avanço da direita, enquanto ao mesmo tempo não significa que seja de fato punido, muito menos vingado pelo seu ódio contra os trabalhadores, jovens, mulheres e LGBTs, como demonstra o exemplo da Operação “Mãos Limpas” na Itália, que serviu para restabelecer o regime contra a população.

Seguiremos o dia com notícias e análises da repercussão sobre o afastamento de Cunha frente a crise política nacional, em meio a nova onda de ocupações estudantis e a luta da juventude.




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