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ELEIÇÕES 2016 RIO | Crivella foge dos debates e esconde sua agenda

terça-feira 11 de outubro de 2016 | Edição do dia

Na sexta-feira, Crivella (PRB) anunciou o primeiro cancelamento de sua presença em um debate eleitoral no segundo turno contra o candidato do PSOL, Marcelo Freixo: o confronto eleitoral que ocorreria no SBT uma semana depois, nessa sexta-feira, não contará com a presença do candidato do PRB. A emissora ainda não anunciou se manterá algum tipo de transmissão apenas com o candidato do PSOL.

Ontem, foi a vez da Record, emissora de propriedade de Edir Macedo, tio de Crivella, anunciar que não realizaria o debate que estava agendado nesse segundo turno. Em nota oficial a emissora atribui o cancelamento à “mudança de sede da emissora”.

Crivella também recusou o convite para participar de debate do Globo no dia 20. Além disso, não tem divulgado todos os eventos de sua agenda de campanha. Na última terça, o candidato teve encontro com Gilberto Kassab para selar o apoio do PSD no segundo turno; na quinta, teve um encontro com o cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. Nenhum dos compromissos foi divulgado previamente em sua agenda.

No sábado, após gravação de seu programa eleitoral, compareceu sem aviso a um evento no Riocentro. E ontem, se encontrou com o Ministro dos Transportes Maurício Quintella, também sem divulgação.

A estratégia de Crivella é evitar qualquer tipo de confronto ou exposição que possa levar a algum desgaste de sua liderança folgada no segundo turno contra Marcelo Freixo. Com os debates cancelados, não há nenhuma previsão até o dia das eleições que os cariocas possam ver frente a frente novamente o embate de ideias entre os dois candidatos. O único debate realizado foi o morno debate na Bandeirantes, em que Marcelo Freixo procurou não atacar as principais contradições por trás do populismo do candidato da Igreja Universal.

Carolina Cacau, do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), que foi candidata a vereadora do Rio pelo PSOL nessas eleições, afirmou: “Crivella se esconde do debate para que se torne mais difícil desmascarar que, por trás de sua demagogia dos programas eleitorais pré-gravados e produzidos com grandes marqueteiros, se esconde uma agenda de ataques aos trabalhadores, ao povo pobre e à juventude. É por isso que precisamos estar organizados cotidianamente, e não apenas nas eleições, para combater essa direita todos os dias, e não podemos ficar reféns de suas agendas eleitorais e da grande mídia controlada pelos patrões, como o bispo Edir Macedo, tio de Crivella, que podem decidir se querem ou não mostrar o que os candidatos escondem da população. É fundamental mostrar a todos os trabalhadores a verdade em relação a Crivella e seu partido reacionário.”




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