Neste último sábado, a entrevistada pelo programa Esquerda em Debate foi Bia Abramides, professora da pós-graduação em Serviço Social da PUC-SP, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Aprofundamento Marxista (NEAM) e diretora da APROPUC-SP. O programa, impulsionado pelo Esquerda Diário e pelo suplemento Ideias de Esquerda, com Diana Assunção, promove debates entre intelectuais e militantes de esquerda acerca dos principais temas da atualidade, visando também contribuir na discussão sobre como combater Bolsonaro, o regime político e o bolsonarismo, superando a conciliação de classes petista.
Nesta entrevista, o debate começou com o relato de Bia Abramides sobre sua militância durante a ditadura militar e alguns dos principais acontecimentos das lutas do movimento estudantil na década de 60, vividos pela entrevistada como secundarista em Campinas e estudante da PUC em São Paulo. Episódios como as greves de Contagem e Osasco, o assassinato de Edson Luís pela ditadura, o Congresso da UNE em Ibiúna marcaram a trajetória militante de Bia, além dos anos 70 e 80, com a fundação do PT e da CUT. Posteriormente, Diana Assunção e a professora discutem sobre os desafios colocados para o Serviço Social, diante da crise capitalista internacional, sendo um curso de bases marxistas. Tratam dos desafios para superar o reformismo e o stalinismo, com uma teoria vinculada à prática, às lutas concretas dos distintos setores sociais. Por fim, debatem a situação política no Brasil, como enfrentar Bolsonaro sem sucumbir à conciliação de classes petista, diante da chapa Lula-Alckmin, o papel da esquerda que está diluída na chapa, como o PSOL, e qual programa é necessário para forjar uma alternativa no Brasil de hoje diante também da situação latino-americana.
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