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CRISE POLÍTICA | 94% dos eleitores não se sentem representados pelos políticos

Faltando pouco mais de um ano para as próximas eleições para a Presidência, os governos estaduais e o Congresso Nacional, os brasileiros manifestam rejeição aos políticos e ao atual modelo de governo. Segundo pesquisa do instituto Ipsos, apenas 6% dos eleitores se sentem representados pelos políticos em quem já votaram.

segunda-feira 14 de agosto de 2017 | Edição do dia

Desde novembro do ano passado houve queda de nove pontos percentuais na taxa dos que se consideram representados. Quando os eleitores são questionados especificamente sobre o modelo brasileiro de democracia, a taxa de apoio é de: 38% consideram que é o melhor regime, e 47% discordam.

Para 94%, os políticos que estão no poder não representam a sociedade. Apenas 4% acham o contrário. Quem está na oposição também é alvo de desconfiança. Quando a pergunta é sobre os políticos em quem os entrevistados já votaram em algum momento, 86% dizem não se sentir representados.

Somente um em cada dez cidadãos veem o Brasil como um país onde a democracia é respeitada. Para 86%, isso não acontece. "A própria democracia, o que se espera de seu conceito, não é respeitada". A percepção de desrespeito às normas democráticas pode estar relacionada à ideia de desigualdade. Para 96% dos entrevistados, todos devem ser iguais perante a lei, mas somente 15% consideram que essa regra é devidamente observada no Brasil. Basta ver o golpe institucional do ano de 2016 e o papel que cumpriu e ainda cumpre o judiciário.

Os dados do Ipsos são parte de um levantamento chamado Pulso Brasil, realizado mensalmente desde 2005 para monitorar a opinião pública sobre política, economia, consumo e questões sociais. Foram ouvidos 1,2 mil entrevistados, em 72 municípios, entre os dias 1.º e 14 de julho. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os dados só expressam o que vemos dia-a-dia nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, a distância e a não representação que a população e os trabalhadores vêm da realidade e dos projetos da casta política privilegiada. Distância que se aprofunda ainda mais em momentos como esses, de forte crise econômica, política e social, em que se multiplicam os ataques à vida e aos direitos de milhões de trabalhadores por todo o país.

Com informações da Agência Estado.




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