O assassinato do jovem trabalhador congolês, Moïse Kabagambe, após este ter cobrado seu pagamento em um quiosque da Barra da Tijuca, voltou a escancarar o racismo, a xenofobia e o caráter nefasto da precarização do trabalho no Brasil. Moïse era um refugiado que veio para o Brasil fugindo da brutal guerra civil que estourou no Congo que acabou se deparando com a brutalidade racista no Brasil de Bolsonaro e da extrema direita xenófoba que incentiva crimes de ódio como esse e tantos outros já ocorreram.
O assassinato de Moïse acabou de se tornar um símbolo trágico da precarização do trabalho aprofundada pela reforma trabalhista. Ao negociar diretamente com o patrão, nos termos de um trabalho ultra precário e informal, como incentiva a reforma, Moïse, não apenas não recebeu o salário devido por seus dois dias de trabalho, como sofreu a brutalidade do ódio racista e xenófobo que a burguesia tanto utiliza para nos manter divididos entre homens e mulheres, negros e brancos, héteros e LGBTs.
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Frente a essa barbaridade que chocou o país, atos pelo país estão sendo convocados para esse sábado. No Rio de Janeiro especificamente, o ato ocorreu na frente do quiosque Tropicália, onde Moïse trabalhava e foi morto. O quiosque fica no posto 8 da Barra da Tijuca, e o protesto está marcado para às 10h da manhã. Nós do Esquerda Diário chamamos todos a participarem deste ato no Rio de Janeiro, assim como os atos que ocorrerão nas demais cidades como São Paulo e Belo Horizonte que já estão confirmados.
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