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Racismo policial
Dados escancaram como a esmagadora maioria dos assassinados pela polícia racista são negros
Redação

Pesquisa da Rede de Observatórios da Segurança analisou dados de Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão. Com exceção do Maranhão, a cada quatro horas, uma pessoa negra é morta nessas ações. 98% dos mortos na Bahia são negros, e no RJ são 86%, sendo o estado com o maior número de óbitos de pessoas negras. É preciso lutar pelo fim da polícia, cão de guarda da nossa elite escravocrata.

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Imagem: VANESSA ATALIBA/ ZIMEL PRESS/ ESTADÃO CONTEÚDO

Entre os sete estados brasileiros analisados pela Rede de Observatórios da Segurança, o Rio de Janeiro foi o estado com mais mortes durante ações policiais no ano de 2020, com 1.245 óbitos. 86% das mortes foram de pessoas negras, escancarando mais uma vez a natureza racista da polícia. E, segundo o levantamento, 51,7% da sociedade fluminense se declara negra, o que torna ainda mais evidente o racismo policial.

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Só na capital do RJ, foram registradas 415 mortes em intervenções policiais, e 90% desses mortos foram de pessoas negras.

Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, e a pesquisa, que foi nomeada de "Pele alvo: a cor da violência policial", será divulgado nesta terça-feira (14).

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O estudo foi feito pela Rede de Observatórios da Segurança, que analisou dados de sete estados brasileiros: Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão.

De acordo com o estudo, o Rio de Janeiro é o estado que mais mata pessoas negras em ações policiais, com 939 registros entre os 1.092 mortos que tiveram a cor/raça informada.

A pesquisa também afirma que, a cada quatro horas, uma pessoa negra é morta em ações policiais em seis dos sete estados monitorados pela Rede: Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. O governo do Maranhão não informa a cor das vítimas da violência, demonstrando o racismo institucional do governo de Flávio Dino (PSB), ex-PC do B, mostrando como não tem nada de "progressista".

Durante a crise sanitária os números de óbitos não reduziram e ocorreram 2.653 mortes provocadas pela polícia com informação racial nos seis estados analisados pela Rede, onde 82,7% das mortes foram de pessoas negras.

Ao avaliar as capitais dos sete estados pesquisados, a Rede de Observatórios concluiu que todos os mortos pela polícia em Recife, Fortaleza e Salvador eram pessoas negras. Teresina e Rio de Janeiro chegaram perto dessa marca, registrando respectivamente 94% e 90% de negros mortos pelas polícias.

As porcentagens de negros entre os mortos pela polícia são 98% na Bahia, 87% no Ceará, 97% no Pernambuco, 91% no Piauí, 86% no Rio de Janeiro e 63% em São Paulo. Todas as pessoas mortas nas capitais Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE) são negras. Pernambuco mais que dobrou o número de mortos pela polícia em um ano. Além disso, São Paulo é o segundo estado em número de mortos pela polícia, e na sua capital, o percentual de negros mortos em ações policiais é de 69%.

Diante desses dados deploráveis, e dos diversos casos de violência e de chacinas que vemos diariamente, como a chacina de São Gonçalo e de Jacarezinho, fica claro como é preciso lutar para dar um basta às operações policiais nas favelas. A esquerda precisa defender o fim da polícia, se inspirando na luta do Black Lives Matter nos EUA, pois essa instituição reacionária tem o racismo no seu DNA, e serve para amontoar corpos dentro das favelas, para garantir a miséria e a marginalização do povo negro, com o objetivo de garantir os interesses da burguesia e da elite escravocrata.

Assim como foi em Palmares também temos que lutar de maneira irreconciliável contra a burguesia brasileira e suas instituições repressoras. É preciso retomar o legado de luta de Dandara, Zumbi e de todos os negros e negras que lutaram contra todas as formas de exploração e opressão! Se Palmares não vive mais, faremos Palmares de novo!

Reveja o ED Comenta de quinta-feira (09/12) sobre os 6 meses da morte de Kathlen Romeu:

 
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