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MEIO AMBIENTE
Vale tem 10 barragens em nível de emergência e pelo menos 4 em ruptura iminente
Redação

Dados divulgados pela Vale, nesta quinta-feira, mostram que desastres como os que ocorreram Mariana e Brumadinho podem acontecer em outros pontos do país, escancarando as problemáticas da privatização.

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Rompimento de barragem, em Brumadinho, Uarlen Valerio/O Tempo/Folhapress

A Vale atualizou nesta quinta-feira (1) informações sobre a condição de estabilidade de suas barragens. De 104 estruturas avaliadas, 33 não tiveram emissão de Declarações de Condição de Estabilidade (DCE) positiva, sendo 32 barragens de operações de minerais ferrosos e uma de metais básicos. A companhia tem dez barragens classificadas em nível 2 ou 3 de emergência, os mais graves, sendo quatro no mais alto (B3/B4, Forquilha I, Forquilha III e Sul Superior).

De acordo com a mineradora, todas as barragens de rejeitos em nível 2 ou 3 de emergência estão contempladas no seu plano de descaracterização de barragens. O nível 2 é atingido quando o resultado das ações adotadas para corrigir uma anomalia é classificada como "não controlada" ou "não extinta", necessitando de novas inspeções especiais e intervenções. Já o nível 3 trata de uma barragem em situação de ruptura iminente ou em curso.

O documento informa que foram emitidas ainda 71 DCEs positivas, das quais 61 foram emitidas para estruturas geotécnicas das operações de ferrosos e 10 para estruturas de metais básicos. Um total de 35 estruturas tiveram seu nível de emergência mantido ou alterado.

A Vale tem nove barragens de rejeitos e sedimentos em níveis 2 ou 3 de emergência e com suas respectivas Zonas de Autossalvamento (ZAS) evacuadas. Além delas, a barragem Xingu teve seu nível de emergência elevado de 1 para 2 em 29 de setembro. Originalmente classificada como empilhamento drenado, a estrutura foi reclassificada como barragem de rejeitos com método de alteamento a montante.

Como se não bastasse o crime ambiental promovido pela empresa contra Mariana e Brumadinho, que devastou a flora, a fauna e a população das cidades, os dados divulgados mostram que o mesmo pode ocorrer em outros pontos do país. Ao mesmo tempo, as informações também reforçam os efeitos catastróficos da privatização no país frente ao fato das empresas priorizarem o lucro com aval do governo, que também está à frente das queimadas no pantanal para o favorecimento do agronegócio.

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