A Tese do Marco Temporal - em que os indígenas só teriam direito às terras que ocupavam até a Constituição de 88 - defendido por latifundiários e outros excrecências da burguesia do setor primário, ganhou bastante força no governo Bolsonaro. Quando ia ser votada no STF, os indígenas protagonizaram uma forte mobilização que adiou a votação.

No entanto, é sob o Governo Lula-Alckmin, que justamente tentava parecer diferente de Bolsonaro nesse quesito, que essa pauta está mais adiantando. Como forma de pressionar a votação no STF, os deputados aprovaram o novo marco temporal, com apoio de de partidos como o PSB e o PV, que são da aliança de Lula e o primeiro é o partido do próprio vice Alckmin. Além disso, o próprio PT liberou a bancada para votar a favor da urgência do projeto e o Ministro da Agricultura Carlos Fávaro, o mesmo que ataca o MST, se colocou a favor da medida. Vale lembrar, na mesma semana, com a articulação do governo e votos do PT, se aprovou leis que aumentam a destruição da Mata Atlântica e também que desidratam o Ministério do Meio Ambiente.

Isso é mais uma prova que a conciliação só fortalece a extrema direita. Frente a esse cenário, manifestações tem sido convocadas em várias cidade. Aqui no Recife será no dia 5, segunda-feira, 15h na Praça do Derby. Além disso, defendemos que é urgente uma forte paralisação nacional contra o PL do Marco Temporal e o Arcabouço Fiscal

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