Imagem: Fotos Públicas
A universidade catalã com sede em Barcelona realizou diversas pesquisas com modelagem e simulação computadorizada para determinar as causas do rompimento. O relatório foi divulgado ontem (4). São réus do processo 11 funcionários da Vale e 5 da Tüv Süd empresa que assinou a declaração de estabilidade da Barragem. Porém tanto a Vale quanto a Tüv Süd seguem operando no Brasil impunemente.
O rompimento da barragem ocorreu quando uma empresa especializada realizava um perfuração no 13° poço para a instalação de equipamentos mais sofisticados para a leitura do nível da barragem. A perfuração gerou um processo de liquefação dos sedimentos e consequente rompimento da barragem. O inquérito segue em sigilo na polícia federal. O Ministério Público de MG acumulou diversos materiais que comprovam a responsabilidade e as omissões da Vale e da Tüv Süd. E o relatório da universidade catalã revelou que em 2018 quando ocorreu um incidente grave na barragem ao se realizar um procedimento para tentar drenar a àgua do lençol freático. Ocorreram vazamentos visíveis de lama e “algum abatimento da barragem” de acordo com o relatório.
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Esse crime brutal que matou 270 pessoas em minutos, e causou uma degradação ambiental sem precedentes em várias cidades mineiras é sem dúvida fruto da ânsia por lucro dos capitalistas. Esse é o caminho das privatizações defendido por Guedes e Bolsonaro, empresas supostamente livres de corrupção. Esse é o caminho que está se dando para a Eletrobras, que se quer para o Correios e tantas outras empresas públicas.
Os donos da Vale e da Tüv Süd são os responsáveis e devem ser julgados também e não apenas os 16 funcionários. E além de presos, o mínimo, após esse crime enorme, tem que ser a reestatização da Vale sem indenização e sob controle dos trabalhadores.
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