Irenilce dos Anjos Silva caiu no fosso de um elevador da Cidade das Artes no final desta semana, de uma altura de 10 metros. Ela foi levada para o o socorro no Hospital Miguel Couto, mas não resistiu e faleceu. A trabalhadora tinha 44 anos, era funcionária da Comlurb, era chamada como Irene pelos colegas de trabalho.
Irenilce era funcionária da Comlurb, trabalhava seu cargo era Gari Escola, e era lotada no Hospital Lourenço Jorge, aonde trabalhou durante toda a pandemia sem feriado ou folga. A trabalhadora foi deslocada para a Cidade das Artes pela empresa de limpeza do município, e veio a falecer abrindo o elevador quando este não estava no seu andar.
Os garis da Comlurb denunciaram que a própria empresa mal divulgou o caso da morte da trabalhadora. Isso é porque a empresa muitas vezes desloca seus trabalhadores para cumprir outras funções, e a Comlurb faz isso sem dar nenhuma instrução e sem se preocupar com a segurança de seus trabalhadores. Assim, acidentes de trabalho se multiplicam com o descaso da direção e das gerências da empresa.
Erenilce é mais uma vítima do descaso da Comlurb e de Eduardo Paes com os Garis, que trabalharam durante toda a pandemia e tiveram que esperar muito tempo para serem vacinados, vendo muitos colegas de trabalho morrerem pela Covid-19, por jornadas de muito trabalho sem descanso, sofrendo também com a desvalorização de seu trabalho, pois a prefeitura os mantém sem ter nenhum tipo de reajuste salarial em meio à uma grave alta de preços nos alimentos e bens de consumo vital.
O sindicato dos Garis prometeu uma manifestação com assembleia na frente da Sede da Empresa, na Major Ávila, mas até agora não disse nada. O sindicato vem empurrando com a barriga a situação do dissídio da categoria, que ainda negocia o ano de 2019 com a prefeitura, além de ter empurrado com a barriga a falta de Equipamentos de Proteção Individual e as mortes por covid-19 pela categoria.
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