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Greve | Todo apoio à greve dos técnicos das Federais! Unir estudantes e trabalhadores pela educação!

Nesta segunda-feira (11), trabalhadores técnicos de mais de 60 universidades e institutos federais deflagraram greve por conta da falta de reajuste salarial, pela reestruturação da carreira e contra a política de cortes históricos de verba para a educação. É essencial que estudantes e outras categorias de trabalhadores apoiem essa importante luta que aponta um caminho de mobilização para conquistarem seus direitos. Se vitoriosa, essa greve pode ser um ponto de apoio para lutarmos contra o rombo bilionário de praticamente uma década de cortes na educação, que afeta técnicos, professores, estudantes e terceirizados.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

terça-feira 12 de março | Edição do dia

Desde 2016, os Técnicos Administrativos das universidades e institutos federais não têm reajuste salarial, o que significa uma defasagem de 34,2%, ou seja, o salário compra cada vez menos itens da cesta básica, cujo valor aumenta ano a ano. Isso ocorre enquanto o governo Lula-Alckmin se nega a dar qualquer reajuste para os técnicos, tão essenciais ao funcionamento das universidades e institutos federais, mas oferece um reajuste de até 48% para a polícia federal, instituição repressora que foi responsável pelo assassinato de Genivaldo numa câmara de gás em 2022.

Já são mais de 58 Instituições Federais de Ensino pelo país que decidiram pela greve, o que mostra uma importante disposição de luta para arrancar o direito à reposição salarial. Os servidores chegaram a apresentar em uma Mesa de Negociação com o governo a proposta de reajuste, porém o Ministério da Gestão e Inovação propôs reposição salarial zero em 2024, apenas reajuste em auxílios, e 9% de reposição de salário em duas parcelas (2025 e 2026), proposta que não atende as demandas dos trabalhadores. Ao mesmo tempo em que o governo acaba de anunciar a criação de 100 novos Institutos Federais pelo país, deixa intacto o rombo financeiro na educação e nega o reajuste aos trabalhadores que são os que mantêm esses institutos e universidades de pé, o que vai significar mais precarização da educação.

São esses trabalhadores, junto aos professores e trabalhadores terceirizados que fazem a universidade funcionar todos os dias, são os primeiros a entrarem e os últimos a saírem, são os que possibilitam que possamos usufruir da universidade diariamente, pois, sem esses trabalhadores, nada funcionaria. Por isso é tão necessário que essa luta não seja só dos técnicos, mas de todos nós, pois essa situação também é fruto de praticamente 10 anos de cortes na educação, que somam um rombo bilionário - próximo a 8 bilhões cortados em ciência e educação -, e das reformas aprovadas nos reacionários governos Temer e Bolsonaro que são mantidas pelo governo Lula-Alckmin. Essa situação de crise das universidades federais é responsável pelo descaso com os técnicos, pela falta e insuficiência de políticas de permanência para os alunos, pelo desligamento recorrente de cotistas ingressantes e pela precarização do trabalho dentro das universidades, que encontra sua face mais cruel na terceirização. A greve dos técnicos aponta o caminho para lutar contra essa crise que segue aberta, com o governo federal comprometendo metade do orçamento da união para o pagamento da dívida pública enquanto educação e saúde ainda são alvos de medidas como o arcabouço fiscal, um novo teto de gastos ao gosto dos grandes empresários.

Por isso essa luta precisa ser fortalecida nacionalmente, em cada curso, em cada local de estudo e trabalho e, nesse sentido, cada Centro Acadêmico pode cumprir um papel fundamental em convocar assembleias de base dos estudantes para organizar apoio ativo aos grevistas, bem como a UNE, dirigida pelas juventudes do PT e UJS/PCdoB, enquanto entidade que representa os estudantes nacionalmente, deve impulsionar esse apoio ativo em cada universidade pelo país. A unidade entre estudantes e trabalhadores é o caminho para defender a educação, com luta organizada pela base e sem confiar em alianças com a direita, que apenas fortalece a própria extrema direita.

Dessa forma é possível fortalecer essa batalha tão importante, capaz de arrancar não só a recomposição salarial, mas também a revogação de todos os cortes na educação e também de todas as reformas e avançar na batalha contra a precarização de conjunto, batalhando pela efetivação de todos os terceirizados sem necessidade de concurso, já que a terceirização é uma forma de acabar com os direitos trabalhistas e rebaixar as condições de trabalho também dos efetivos. Para isso, o apoio ativo de toda a comunidade universitária, mas também dos trabalhadores e da população de fora da universidade, é essencial, e nós da Faísca Revolucionária nos colocamos lado a lado de cada um daqueles que lutam, batalhando por uma universidade que esteja a serviço daqueles que fazem ela funcionar.

Todo apoio à greve dos técnicos das Federais! Só a mobilização pode arrancar nossas demandas e revogar todos os cortes na educação! Estudante e trabalhador: nossa luta é uma só!




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