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Congresso Metroviários | Tese Opressões: Unir nossa classe na luta contra todas as opressões!

Confira aqui a tese do Movimento Nossa Classe e metroviários independentes para o 14º Congresso da categoria sobre o tema de Combate às Opressões. O Congresso ocorrerá nos dias 11, 12, 13 e 14 de abril de 2024 na área de lazer do Sindicato.

terça-feira 9 de abril | Edição do dia

Com a crise capitalista, o governo de extrema direita de Tarcísio, inimigo de todos os
setores oprimidos, e a conciliação de classes do governo de frente ampla Lula-
Alckmin que abre espaço para setores reacionários se fortalecerem, vemos o
avanço da privatização e da terceirização que atinge os serviços, incluindo o Metrô.

As bases do trabalho precário no país remontam à escravidão. Carregam o que há
de mais atrasado nas relações sociais, como o racismo e a violência de gênero, com
o intuito de pagar salários mais baixos, em especial às trabalhadoras negras. Por
isso, todas as medidas que buscam atacar direitos, garantias e salários dos
trabalhadores terão como setor mais atacado os negros e mulheres, as maiores
vítimas da terceirização.

Neste ano, a empresa Works assumiu o atendimento nas linhas de bloqueios. Em
sua maioria jovens, negros, mulheres e mães recebem salários pelo menos 50%
menores, sem os mesmos direitos e benefícios que os efetivos, sendo obrigados a
trabalharem em condições inaceitáveis, mostrando como a privatização e a
terceirização caminham juntamente à opressão e exploração da nossa classe. A
situação precária desses trabalhadores é fruto da política privatista neoliberal e só
pode ser combatida com a força da luta da nossa classe, unindo efetivos e
terceirizados, sem confiança na justiça que já provou de qual lado está.

No Brasil vemos a face mais destestável capitalista: o racismo estrutural que
assassina os negros todo dia. As recentes chacinas em SP pelas mãos da polícia e
de Tarcísio, mas também em outros estados do país, mostra o papel reacionário da
polícia que reprime e assassina os negros. Não somente, a revoltante situação dos
povos originários, responsabilidade do capitalismo e que se aprofundou nos anos de
Bolsonaro, com o governo Lula-Alckmin segue sem resposta, preservando os
ruralistas à custa de sangue indígena e do meio ambiente. 

Fortalecer as mulheres, a comunidade LGBTQIA+, negros e indígenas em nossa
categoria, significa defender a vida e os direitos desses setores oprimidos, sempre
na linha de frente das lutas. Defendemos que as lutas contra as opressões sejam
encampadas por todos os trabalhadores, unificando nossa classe e combatendo
entre os trabalhadores as ideias que só servem para nos dividir, à exploração e aos
interesses da classe dominante. 

Resoluções:
– Fortalecer as Secretarias de Mulheres, de Negras e Negros e LGBTQIA+ do
Sindicato;
– Defesa da igualdade salarial entre negros e brancos, entre homens e mulheres; 
– Contra as opressões e precarização do trabalho: efetivação dos terceirizados sem
necessidade de concurso público!
– Contra a violência policial, basta de chacinas! Justiça para todas as vítimas da
violência estatal racista! 
– Contra o PL do Marco Temporal, em defesa da demarcação de terras para
indígenas e quilombolas
– Contra a violência de gênero: por um plano de combate de violência às mulheres e
LGBTQIA+

Assinam esta tese:
1) Tamiris Silva CDU/OTM1
2) Marília JAT/OTM2
3) Fernanda Peluci GBU/OTM1
4) Fernando Salles - ORP/OTM2
5) Priscila Guedes - ANT/OTM2
6) Francielton - SAC/OMID (mecânico) ELM/ZEL
7) Camila Pivato - L15/OTM2
8) Larissa JAT/OTM2
9) Cesar Moraes - ITT/OTM2
10) Leo Santos - ANT/OTM2
11) Carlos Lembo - JAT/OTM2
12) Juliana Körri - ANT/OTM2
13) Gabriela Leone - ORP/OTM2
14) Claudomiro - OMID L2 VMD
15) Fabrício Barros PIG/OTM1




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