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BOLIVIA | Repressão brutal em Cochabamba fecha terceiro dia de paralisação da COB

A jornada do terceiro dia de paralisação da COB, e depois de uma repressão policial brutal em Cochabamba, deixou um saldo de 10 feridos e dezenas de detidos. Em todo o país se reportou mais de 150 detidos. A COB exige diálogo do governo sem subordinação.

segunda-feira 4 de julho de 2016 | Edição do dia

Foto: RENNO

O Secretário Executivo da Confederação geral de Trabalhadores fabris da Bolívia (CGTFB) denunciou que foram registrados trabalhadores feridos a bala em Cochabamba. Na cidade de La Paz, também ocorreram repressões violentas como foi o caso das pessoas com deficiência que em sua tentativa de se mobilizar em apoio a COB foram reprimidas pela polícia com 6 detidos.

O Secretário Geral da Central Operária Boliviana (COB), Hermo Pérez, informou que concluída a terceira jornada de paralisação, a direção desta central dirigiu uma carta a Evo Morales para que convoque ao diálogo antes da ampliação nacional que este órgão realizará em 4 de julho às 14:30. Afirmam que por não serem atendidas suas demandas, os trabalhadores não se desmobilizarão e continuarão com medidas de pressão como o bloqueio indefinido de estradas. Como já é conhecido, a COB vem exigindo a revogação do DS 2765 que deixa mais de 800 trabalhadores na rua, fruto do fechamento da Empresa Pública Nacional Textil (ENATEX), além disso de várias normas trabalhistas de caráter neoliberal que o governo do MAS vem sustentando contra dezenas de milhares de trabalhadores em todo o país, como o Estatuto do Funcionário Público, que impede a organização sindical afetando direitos trabalhistas, ou a cláusula final do DS 28699 que legaliza mecanismos de evasão e fraude trabalhista como os contratos civis e de sociedade que o Estado realiza com os trabalhadores e trabalhadoras.

A possibilidade de declaração de greve geral com bloqueio de estradas coloca a perspectiva e a necessidade da ruptura definitiva das organizações sindicais dos trabalhadores com o governo do MAS, assim como o envio imediato de delegações sindicais de todo o país para fortalecer a mobilização e a luta na sede do governo. Faz-se urgente, frente à magnitude da tarefa colocada, fortalecer a direção da luta constituindo um comitê nacional de mobilização, a que se somem delegados revogáveis eleitos em assembleias das grandes empresas, encabeçados pelos companheiros e companheiras da ENATEX. É fundamental também, articular e coordenar todas as lutas em curso como o caso das pessoas com deficiência, a Empresa Polar, o Engenho La Bélgica e outros.

Tradução Milena Bagetti




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