Professora Grazi Rodrigues, do Movimento Nossa Classe Educação, em greve há 104 dias na rede municipal de ensino em São Paulo, responde a um vídeo postado por Cláudio Fonseca (Cidadania), burocrata do SINPEEM em que, diante da greve das educadoras e dos educadores, isolou até aqui essa luta, não abrindo o sindicato para Assembleias democráticas com direito a voz e voto, tirando das mãos da categoria o seu direito em decidir sobre sua própria greve em defesa da comunidade escolar e de toda população.
segunda-feira 24 de maio de 2021 | Edição do dia
"São os 104 dias de greve pela vida, arduamente construídos por nós trabalhadoras e trabalhadores da educação municipal de São Paulo, que nos dão condição de responder à essa altura do campeonato à muitas questões, em especial sobre a nossa esperança...
Citando aqui também Solano Trindade, o poeta negro, da nossa classe - que nada tinha a ver com a burocracia, que de pijama e fazendo a política do Doria, do “fique em casa”, inviável para o nosso povo - insiste em negar aquilo que nós, porque é nosso por direito, insistimos em reclamar.
Por isso, Claudio Fonseca, nós te respondemos:
“Qual a esperança do trabalhador?”
“Qual a esperança da trabalhadora?”
“Quais as esperanças dos trabalhadores?”
Respondemos com luta! Estamos em greve e exigimos bem alto: tablets, segurança alimentar, emprego, vacina e segurança sanitária, para toda comunidade escolar e pra toda nossa classe já!
Solano também escreveu, você esqueceu... “Se tem gente com fome, dá de comer!”
“Quais as esperanças das trabalhadoras?”
Claudio Fonseca, tire as mãos da poesia negra e tire as mãos do nosso sindicato!
A gente exige e vai seguir lutando pelo nosso direito a vida, mas também por assembleia geral e democrática, e fundo de greve já!"