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Raquel Lyra | Programa Juntos pela Segurança: o fortalecimento da repressão policial em Pernambuco

Nessa semana, Raquel Lyra anunciou o programa Juntos pela Segurança, uma iniciativa reacionária que substituiu o Pacto pela Vida do governo PSB.

sexta-feira 4 de agosto de 2023 | Edição do dia

Com 6 meses de governo, Raquel Lyra já mostra ao que veio. Para os trabalhadores, arroxo e repressão, para os capitalistas e seu aparato repressivo, lucros e investimentos.

A maraca de “Juntos” por alguma coisa, já tinha sido lançada inicialmente no programa Juntos pela Educação, onde na prática, permitia que as empresas privada determinassem o futuro da educação pernambucana. Esse caráter privatista também se expressa no metrô, onde Raquel tem feito de tudo para avançar na privatização do mesmo, em aliança com o governo Lula-Alckmin.

Agora tenta repetir a marca para fortalecimento do aparato repressivo. No anúncio, Raquel Lyra coloca que serão investidos R$ 1 bilhão na “segurança pública”, seja com a contratação de mais milhares de policiais, além de equipamentos como coletes e viaturas. Para isso pretende contar com investimentos de instituições imperialistas como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Com isso, Raquel Lyra quer fazer a nível estadual o plano que fez a nível municipal em Caruaru, onde a cidade bateu a meta de ser a segunda cidade do estado com maior número de assassinatos pela polícia. Com isso, através desse gasto recorde, irá aprofundar os traços racistas do Pacto pela Vida implementado pelo PSB.

Como legado do programa do PSB, tivemos um aprofundamento do racismo em Pernambuco, com mais de 90% dos mortos pela polícia sendo negros, além de uma explosão da população carcerária, de forma que em 2019, o estado era o maior em número de superlotação.

Por outro lado, a violência não diminuiu, com Pernambuco ostentando um dos maiores índices de violência do país e tendo, no último ano, 10% dos municípios da lista dos 50 municípios mais perigosos do país..

Portanto, longe de acabar com qualquer problema de segurança pública, a intenção do governo direitista é fortalecer ainda mais o aparato repressor, fortalecendo ainda mais o peso social reacionário da polícia no estado – uma ferrenha base bolsonarista – e também acenar aos setores de extrema direita com que se aliou nas eleições.

Por outro lado, também cai por terra todo o discurso da governadora que falta dinheiro para conceder reajuste aos trabalhadores. Enquanto não garante o piso na carreira aos professores e não garante o piso da enfermagem, criminalizando suas greves através do judiciário, Raquel prepara um investimento recorde para reprimir os trabalhadores e movimentos sociais que lutem e entrem em greve. Mostra disso foi a prisão de Aldo Lima, presidente do sindicato de rodoviários durante a greve a greve da categoria.

É nesse sentido que se torna cada vez mais absurda a aliança de Lula com Raquel Lyra no estado, a quem faz questão de chamar de "minha convidada" e de reclamar dos trabalhadores em luta que vaiam a mesma. Afinal de contas, sua política de segurança mantém linhas parecidas, viso que o Ministro da Justiça Flávio Dino liberou verbas milionárias para a construção de prisões e para fortalecer polícia carioca de Cláudio Castro. Por isso, como nós do Esquerda Diário e do MRT viemos defendendo, a luta para barra os ataques e planos privatistas deve se dar de forma independente ao governo!




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