Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann e dirigentes do PT vão até o Tribunal Superior Eleitoral para registrar candidatura de Lula. Do outro lado, Judiciário avança nos ataques às eleições, tentando impedir Lula de receber visitas dos advogados e atacando tempo de TV.
quarta-feira 15 de agosto de 2018 | Edição do dia
Foto: Ailton de Freitas
A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito Fernando Haddad, a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB), e outras lideranças do PT e de partidos aliados chegaram na tarde desta quarta-feira, 15, ao prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad foi apresentado ao tribunal como candidato a vice-presidente.
Agora, em qualquer cenário, conforme o calendário eleitoral, o TSE precisa decidir sobre o pedido registro de Lula até 17 de setembro. A data é o limite para que partidos substituam os candidatos a tempo de incluir os novos nomes nas urnas.
A golpista Rosa Weber, ministra do STF que tomou posse como presidente do TSE nesta terça-feira, mandou mensagem velada ao PT: "Podemos impugnar um candidato inelegível por meio de ofício". Traduziu assim a ideia de que "exercerá o cargo com firmeza".
Cada centímetro do processo eleitoral está sob tutela do Judiciário e da Lava Jato, com o objetivo de aprofundar o golpe institucional: querem escolher a dedo o próximo presidente com o objetivo de aprofundar os ataques dos empresários e seus políticos, ligados à direita, ao agronegócio, às Forças Armadas e a Igreja, tudo isso apoiado por interesses estrangeiros das empresas e estados que dominam o mundo.
A Lava Jato serviu como mecanismo da burguesia e do judiciário golpista para intervir diretamente nas eleições, colocando em vantagem os candidatos que melhor representem a continuidade do golpe institucional, como é o caso de Alckmin, aplicando ataques ainda mais brutais do que os do PT contra a classe trabalhadora.
Não apoiamos o voto no PT, que abriu caminho ao golpe institucional ao governar com a direita, assumir os métodos de corrupção e também atacar os trabalhadores, especialmente em momentos de crise como a Dilma em 2015. Mas somos contra a prisão arbitrária de Lula e intransigentes em defender o direito do povo decidir em quem votar.
Saiba mais sobre a opinião do Esquerda Diário, lendo o editorial de Diana Assunção e Marcello Pablito, dirigentes do MRT e candidatos a deputado federal e estadual este ano em filiação democrática no PSOL.
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