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Violência policial | PMs processam mãe que critica violência policial e que teve seu filho morto na bahia

A professora Ana Maria Cruz, que teve seu filho ativista, morto em 2019, está sendo alvo de ataques e processos da PM por denunciar a natureza assassina da polícia e a sua violência. Seu filho, Pedro Henrique que denunciava a violência da PM, foi morto em 2019, dentro da própria casa, após ter sido jurado de morte por PMs de Tucano, interior da Bahia.

terça-feira 27 de julho de 2021 | Edição do dia

Ana Maria, desde então, fazia postagens nas redes sociais escancarando os casos absurdos de violência policial, demonstrando seu repúdio a essa instituição assassina, que tirou a vida de seu filho e que abordava-o violenta e constantemente antes de sua morte. o Capitão do 5 BPM alegou que as postagens de Dona Ana “atingem a imagem e a honra” dos policiais e, por isso, ela deveria ser punida. Além disso, ele alegou que ela cometia “falsas acusações” contra os PMs Sidiney, Bruno e Alex Andrade de Souza, os investigados pela morte de seu filho, “instigando de maneira desnecessária, parcial e danosa órgãos de imprensa e de investigação correcional e criminal contra profissionais de segurança pública, movimentando a máquina estatal em razão de suas convicções pessoais”.

As corajosas denúncias de Pedro enfureciam a polícia, que o ameaçou por algumas vezes. Em 2013, foi aberto um inquérito policial contra o Capitão Alex e o PM Edvandro Oliveira após Pedro ter denunciado uma abordagem que os policiais cometeram. Conforme o interesse dos policiais, o inquérito consta como arquivado e extinto em 2016, sem informações sobre movimentação. A mãe de Pedro ainda conta que quando o policial Alex saiu do fórum, logo depois de uma audiência em que ele teve que pagar uma multa, ele disse a Pedro que: ‘este dinheiro que você me fez gastar, vai lhe custar caro’. Esses fatos apontam que a morte de Pedro é um símbolo do que a polícia faz e quer fazer com quem a critica, tirando a vida de inúmeras pessoas todos os dias, assassinando crianças e jovens.

É um absurdo como uma mãe com um filho, cuja morte o Estado é responsável, não pode sequer denunciar os abusos e absurdos que a polícia comete, não podendo gritar sua sede de justiça por seu filho, contra essa instituição assassina, sem ser ameaçada. A polícia é um aparato de controle e repressão do Estado capitalista e vitima todos os dias trabalhadores, mulheres, crianças e, principalmente, jovens negros. É necessário vingar os mortos pelo sistema capitalista assassino e seus cães de guarda, por isso, somente a organização dos trabalhadores é capaz de ter força efetiva para se opor diretamente aos mecanismos repressivos do Estado.




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