No caso do Rodoanel, pelo menos 22 empresas foram acusadas de estarem envolvidas na formação desses cartéis segundo os documentos entregues pela empreiteira, durante os governos do PSDB no estado.
terça-feira 19 de dezembro de 2017 | Edição do dia
A Odebrecht denunciou a formação de cartéis para as obras do trecho sul do Rodoanel em São Paulo e do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Estratégico Metropolitano de São Paulo.
No caso do Rodoanel, foram citadas pelo menos 22 empresas envolvidas. A empreiteira entregou documentos do esquema, onde mostra que a atuação das construtoras é dividida em três fases. Na fase preliminar, cinco empresas líderes começaram a se reunir para discutir as obras: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão. Os contatos teriam começado em junho de 2004 e durado até, pelo menos, abril de 2007. Neste período, o estado foi governado pelos tucanos Geraldo Alckmin (2001-2006) e José Serra (2007-2010).
Na fase de elaboração da estratégia do cartel, outras cinco empresas foram citadas: Constran, CR Almeida, Galvão Engenharia, Mendes Junior e Seveng-Civilsan. Já na fase final, após a qualificação técnica de empresas, outra doze companhias teria aderido ao esquema: ARG, Carioca Christiani Nielsen Engenharia, Cetenco Engenharia, Construbase, Empresa Industrial Técnica, Sul Americana de Montagens, A. Gaspar, M.Martins, Paulista de Construções e Comércio, Sobrenco, Usiminas Mecânica e Via Engenharia.
De acordo com a delação, foram formados cartéis em pelo menos licitações relacionadas a implementação do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Estratégico Metropolitano de São Paulo. O esquema funcionou, entre 2008 e 2015, e também são apontadas três fases de sua formação, e também teve suas formações durante o governo dos tucanos.