Após episódios de ameaças e perseguições a viúva de Marielle pede proteção.
Mônica Benício (32), arquiteta e viúva da vereadora do Rio, Marielle Franco, entrou com pedido de proteção para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Nicoli Barbosajovem trabalhadora
segunda-feira 6 de agosto de 2018 | Edição do dia
O órgão concedeu o pedido e solicita ao Governo Federal medida cautelar para segurança de sua vida - governo possui prazo de 10 dias para responder a solicitação.
Após o assassinato de sua esposa no dia 14 de março junto ao motorista Anderson Gomes, a arquiteta se tornou uma pessoa pública e passou a ocupar lugares de fala, assim, exposta publicamente tem sido alvo de ameaças presenciais e virtuais ao que levou entrar com pedido.
“Essas ameaças foram feitas de uma conjuntura nos últimos 4 meses e foram de diversas formas, tanto feita presencialmente, como feitas pela Internet. Eu entrei com esse pedido com a OEA depois de ter apresentado o caso da Marielle com eles, tendo a intenção de internacionalizar o caso, onde tinha sido instruída pela própria direção que deveria procurar uma medida de segurança porque eles me entendiam em risco. A minha questão hoje é: o caso da Marielle não será mais um caso inviabilizado", afirma Mônica.
Outra ameaça foi mais direta: "Eu passei por um homem que me disse, aceita que ela morreu e cuidado porque tá falando demais, a próxima pode ser você".
Exigimos proteção urgente para Mônica, que seu direito à vida e à integridade pessoal seja garantida, como também assegure o exercício de suas funções de defensora dos direitos humano. Sem esquecer que o Estado brasileiro é responsável pela violência policial que assassinou Marielle e Anderson, por uma investigação independente que responda de fato a angústia dos milhões que saíram às ruas em repúdio à suas mortes.
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