O Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou incêndios acima da média histórica para setembro em 4 estados e no Distrito Federal, mesmo sem o mês ter acabado. Esses incêndios são consequências do modelo de produção capitalista, que além de ser responsável pela ganância de setores que lucram com as queimadas também é responsável pelo aquecimento global e pela crise hídrica.
quinta-feira 23 de setembro de 2021 | Edição do dia
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Mesmo que setembro nem tenha acabado, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Piauí e o Distrito Federal já ultrapassaram a média histórica de incêndios para o mês de setembro.
A principal causa desses incêndios é a ação humana, de setores que lucram com incêndios, principalmente de do agronegócio que utilizam das queimadas para expandir suas terras. A crise hídrica e a baixa humidade do ar amplificam ainda mais os incêndios que devastam grandes áreas.
O Distrito Federal é o local onde ocorreu o maior aumento em relação a média histórica, com uma alta de 118% de focos de incêndios neste mês. São Paulo e Minas Gerais vêm em seguida com uma alta de 64,7% e 49% nos focos, respectivamente. Piauí teve 44,2 % e Bahia aparrece com 12%.
Veja mais: Incêndio na Chapada dos Veadeiros: fogo destrói área equivalente à 24 mil campos de futebol
Esses estados sofrem neste ano com um grande seca, com regiões que não registram chuva há meses. Segundo o Ministério de Minas e Energia neste ano o Brasil enfrenta a maior falta de chuva dos últimos 91 anos.
Esses recordes assustadores são frutos da irracionalidade do capitalismo que para garantir o lucro e a reprodução do capital, destrói a natureza, provoca crises hídricas e amplifica o aquecimento global. Os governos, tanto do Brasil na figura de Bolsonaro, quanto todos os governos capitalistas são cumplices e responsáveis por esses desastres e crimes ambientais.
Pode te interessar: Participe da plenária sobre manifesto internacional marxista na luta ambiental
A irracionalidade desse modo de produção, baseando-se na exploração do trabalho, na mercantilização, desapropriação e destruição da natureza, no crescimento ilimitado da produção e do consumo – pensado para o lucro empresarial e não as necessidades das pessoas – torna incapaz de manter uma relação harmoniosa com o sistema terrestre. Por isso é necessário uma saída que rompa com o capitalismo.
Leia aqui o manifesto da Fração Trotskista - Quarta Internacional (FT-QI): O capitalismo e seus governos destroem o planeta: destruamos o capitalismo!