Às vésperas de uma paralisação estadual contra os ataques de Romeu Zema contra os trabalhadores e o povo mineiro, com Regime de Recuperação Fiscal e privatizações à vista, a falta de luz em SP mostra, assim como os crimes da Vale em MG, que as privatizações pioram radicalmente os serviços.
terça-feira 7 de novembro de 2023 | Edição do dia
Cerca de 400 mil pessoas estão sem energia elétrica desde sexta feira no estado de SP. Após no mínimo 7 mortes durante fortes chuvas, com ventos de 100km/h, não adianta culpar a natureza pela situação de famílias trabalhadoras, cujos filhos que já ficam em desvantagem no ENEM não puderam estudar na reta final ou não conseguiram fazer a prova. A ENEL, empresa de energia do estado, foi privatizada em 2018 e de lá para cá teve seu quadro de trabalhadores diminuído em 36%.
Enquanto isso, em Minas Gerais, o governador Romeu Zema que, assim como Tarcísio de Freitas, é de extrema direita e privatizador, quer passar o Regime de Recuperação Fiscal ao mesmo tempo que tenta se eximir da consulta ao povo mineiro sobre a privatização da Cemig e da Copasa. Num estado marcado pelos crimes de Mariana e Brumadinho, causados pela também privatizada Vale, Zema precisa de medidas de censura para privatizar nossa água e energia.
Romeu Zema quer atacar profundamente os serviços públicos com sua proposta de Regime de Recuperação Fiscal, aderindo a um Plano de Recuperação Fiscal que, além de não recuperar nada, fez chegar água contaminada na torneira da população fluminense. Isso porque o primeiro estado a aderir, ainda no governo Temer, foi o RJ privatizando a CEDAE. Zema não está satisfeito com os rios cheios de lama tóxica, quer contaminar ainda mais a água dos mineiros.
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Minas Gerais também tem o recente trauma da privatização do metrô de Belo Horizonte, iniciado por Bolsonaro e Zema mas assinado pelo governo Lula Alckmin. A empresa Comport nem trocou de roupa para aumentar a tarifa e, se preparando para uma possível ampliação de um metrô que comprou a preço de banana, pode retirar famílias de suas casas sem as devidas contrapartidas. SP também tem seu exemplo recente de "vantagens" de um metrô privatizado: a linha 9, privatizada, parou de funcionar colocando a população em risco.
Zema privatiza até a educação, transferindo escolas para OS pelo projeto Somar, em mais um dos tantos ataques à educação que é alvo do governador junto à saúde, onde ele quer privatizar 13 hospitais. Com alguns dos piores salários do país, o líder do partido NOVO pretende congelar salários e carreiras por 9 anos.
Por isso, os servidores estaduais de Minas Gerais se mobilizam contra o Regime de Recuperação Fiscal de Romeu Zema, que assim como Tarcísio, Castro e Leite são governadores de extrema direita que se beneficiam do Arcabouço Fiscal do governo federal para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e da população. Todo apoio à essa luta!
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