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LUTA POR EDUCAÇÃO ARGENTINA | Estudantes e professores universitários param as ruas da zona norte de Buenos Aires

terça-feira 10 de maio de 2016 | Edição do dia

As aulas não aconteceram com normalidade. As jornadas de paralisação dos professores e as aulas publicas marcara o inicio do quadrimestre, o primeiro sob a gestão de Macri, que junta-se as reivindicações pela implementação do “boleto” gratuito

Durante as ultimas semanas em muitas universidades e ensinos médios cresceram os protestos frente os “tarifazos”, o boleto e os problemas dos prédios. Em muitos deles começaram a se organizar assembleias para responder a nova situação dos ajustes em curso. Este foi o caso por exemplo do ISFD nº113 onde outorgaram um edifício sem habilitação para a quantidade de estudantes que tem no instituto. Nas universidades, a solidariedade com os professores, que lutam pelos seus salários, deu-se em aulas publicas.

Nessa segunda, realizou-se uma aula publica em Baolbín y Farias, em frente a sede de San Miguel, da universidade Nacional de Luján, com mais de 100 estudantes onde os professores remarcaram a luta pela educação pública e “contra a política da burocracia, e dos ajustes, que começou antes do governo Macri, mas que com esse se aprofundou”.

A medida havia sido votada em uma assembleia previa de professores e estudantes, frente a situação de ajustes e o corte de bolsas na universidade, e em apoio a demanda de aumento salarial dos docentes.

No sabado passado, mais de 80 estudantes, graduandos e professores da universidade Nacional do General Sarmiento realizaram uma aula publica de filosofia na Plaza de San Miguel, contra os ajustes que vem sofrendo esta casa de estudo por parte do governo Macri. A Universidade de General Sarmiento, igual a outras universidades nacionais, sofreu um corte de 25% em janeiro, e um de 50% em fevereiro para gastos de funcionamento.

No dia 27 de abril na Plaza de Campana os estudantes da Universidade Nacional de Luján, sede Campana, demonstraram que sobram razões para apoiar a paralisação docente. Mais de 60 estudantes fizeram parte das aulas públicas em apoio a paralisação que vem realizando os professores.

As semanas anteriores se realizaram também aulas publicas no edifício de IDAES impulsionada por professores de Ciências Sociais da Universidade nacional de San Martin, onde pela primeira vez se realiza este tipo de medidas que contaram com o apoio e participação estudantil, chamando os debates ao redor dos ajustes.

A respeito desse clima que começa a respirar nas universidades, o secretário adjunto de Adunlu, Leonardo Varela, logo depois da aula publica realizada na UNLu San Miguel afirmou ao La Izquerda Diario, “este estado de consciência faz que tenha que ser otimista em relação ao que se vê, porque já esta nas ruas a problemática do conflito docente. Vai ser difícil parar porque há uma onda de estudantes se somando e é muito difícil frear os estudantes, e há experiências, como a chilena, que os marcam. Há uma percepção de que o que esta em jogo é a educação publica”.

A defesa da educação publica, gratuita, laica e de qualidade começa a transformar-se em uma bandeira frente ao ajuste do governo nacional, e dos governos dos estados e frente a passividade das autoridades universitárias que respondem ao kirchnerismo. A coordenação entres os professores e estudantes é um primeiro passo para ganhar as ruas e enfrentar os ataques.




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