×

A fábrica da Ford em Taubaté (Vale do Paraíba- SP) é uma das pioneiras no Brasil na fabricação de motores, transmissões e componentes automotivos. Ela tem capacidade anual para produção de mais de 400 mil motores e transmissões. Abastece as linhas de montagem de Camaçari (BA), São Bernardo do Campo (SP) e de montadoras na Argentina, México e África do Sul.

Fábio NunesVale do Paraíba

quinta-feira 26 de maio de 2016 | Edição do dia

Cortar gastos, flexibilizar as leis trabalhistas e enxugar a produção.

O programa da Ford visa mais eficiência para maximizar recursos e minimizar custos, principalmente agora neste período de crise econômica mundial. Reduzir gastos, diz a chefia, e por isso a demissão, o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), as férias coletivas, o layof, etc.

Segundo alguns trabalhadores com quem conversamos na porta da fábrica, a empresa apresenta um discurso de crise como muitas do Vale e do país. Os operários disseram que não há demissões em massa porque eles aderiram ao PPE, que termina no final deste ano, podendo ou não ser renovado por mais 6 meses.

Flexibilizar as leis trabalhistas é a palavra de ordem no governo Temer, o famoso "almoço" apertando botao proposto pela FIESP. A "ponte para o futuro" construída com o menor número de mão de obra cada vez mais precária e terceirizada.

A Ford de Taubaté está iniciando um projeto novo de motores e transmissões, mas, corre no chão de fábrica que a Ford em São Bernardo do Campo ameaça demitir 1000 trabalhadores, deixar de pagar a PLR do final do ano e congelar o salário por 3 anos. Um ataque que se acontecer certamente vai se espalhar para as outras plantas da empresa.

E o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté?

O sindicato, filiado a CUT, gerencia o PPE e as férias coletivas para evitar mais demissões. Fazem de tudo para conter os trabalhadores e agradar a empresa. A fabrica diz ter mão de obra excedente. Pelo baixo índice de produção e o mercado em baixa, acreditam que o PPE vai ser renovado por mais 6 meses ou vai vir de São Bernardo a proposta de cortar os gastos com mais eficiência: demissão, retirada de direitos e o congelamento do salário por 3 anos.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias