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Greve dos serviços públicos em SP | Em entrevistas, moradores da perfeira de São Paulo manifestam apoio às greves

Tamiris Gomes, do Visão do Corre, entrevistou vários moradores da periferia de São Paulo que mostraram seu apoio à greve, desmentindo a grande mídia.

terça-feira 3 de outubro de 2023 | Edição do dia

Apesar de toda a campanha reacionária dos grandes meios de comunicação burgueses para deslegitimar a greve dos serviços públicos de São Paulo, a realidade é outra. Segundo matéria de Tamiris Gomes, do Visão do Corre, vários moradores da periferia de São Paulo estão apoiando a greve. Veja algum dos seus depoimentos:

Mesmo sendo afetado, pois não pude ir para o trabalho, acho a greve completamente válida, pois o processo de privatização das linhas de trem e da Sabesp [Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo] vai precarizar os serviços prestados à população”, diz Daniel Lima da Silva, de Santo André.

Já o geógrafo Pedro Silva, de Parelheiros relata o seguinte:

Acho a greve justa e necessária, uma vez que já temos evidências suficientes de que as concessões de serviços públicos essenciais para a iniciativa privada não dão certo. A linha 9–Esmeralda, concedida à Via Mobilidade, é a que mais utilizo e são raros os dias que apresenta funcionamento normal. Já cheguei a ficar quase meia hora parado entre as estações Grajaú e Mendes-Vila Natal, sem nenhuma informação ou justificativa. Recentemente também levei 1h para andar quatro estações na linha 5–Lilás [administrada pela ViaMobilidade]

A greve é válida. Isso quem está falando é uma pessoa que mora em uma região onde o trem foi concedido à iniciativa privada. Pelo menos duas vezes na semana tem transtorno. Elevadores, escadas rolantes não funcionam. Isso é o básico, sem contar as falhas constantes. (...) Quanto à Sabesp, as comunidades, a periferia, sofre com a falta de água e quando tem, chega sem tratamento. É necessário ouvir a população. Privatização precariza e encarece o serviço, e só o povo paga.

Tais depoimentos evidenciam que a precarização do serviço não é causada pela greve, como diz o governador, e sim que é algo do cotidiano dos trabalhadores que dependem do transporte público, principalmente das linhas privatizadas.




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