sexta-feira 26 de junho de 2015 | 00:01
Segundo dados publicados ontem na Pesquisa Mensal do Emprego (PME) do IBGE, o desemprego atingiu em maio 6,7% da população economicamente ativa, ou seja 1,6 milhão de pessoas. Em relação ao mesmo mês de 2014 o desemprego aumentou 38,5%, o que representam 454 mil novos desempregados no país, justamente quando o governo Dilma aumentou o tempo necessário para um trabalhador ter acesso ao seguro desemprego.
Esta notícia apareceu um dia depois de outra notícia ruim para os trabalhadores. O Banco Central havia noticiado no dia anterior que o teto da meta da inflação neste ano poderia chegar a 9%. Este número já é sentido pelo trabalhador para pagar suas contas e na fila do supermercado.
A renda média dos trabalhadores, segundo a pesquisa também diminuiu em relação a maio de 2014 passando de R$ 2.229 para R$2.117 representando uma redução de 5,0%, já incluída a inflação.
Dados como estes, com uma crescente população sem emprego e portanto sem fonte de renda, junto com a queda desta última são a expressão concreta de como os empresários e políticos da ordem pretendem lidar com a crise, jogando-a nas costas dos trabalhadores e fazendo com que paguemos pela crise. A massificação do trabalho terceirizado e precarizado feita nos 12 anos dos governos do PT que hoje já atinge quase 13 milhões de trabalhadores, enquanto quando Lula assumiu eram 4 milhões, mostrando como a precarização do trabalho não só continuou mas aumentou sob os governos do PT. Agora, com os ataques dos governos e dos empresários como as MPs 664 e 665 e o PL 4330, os cortes na saúde e educação, representam todo um pacote de medidas contra os trabalhadores.
Mais que um simples "ajuste" nas contas do governo o que está acontecendo é uma reorganização dos salários e das condições de trabalho, contra os trabalhadores e para aumentar os lucros dos empresários.
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