Tropa de choque de Eduardo Cunha, Marun do Mato Grosso do Sul está declarando aos quatro ventos que acha que Temer vence de "lavada" a denuncia nesta quarta-feira. Os deputados foram comprados com emendas, jantares e dificultando a punição ao trabalho escravo.
segunda-feira 23 de outubro de 2017 | Edição do dia
Comprando deputados como nunca, seja com emendas, jantares e por dificultar a punição ao trabalho escravo, Marun e outros governistas de alto currículo golpista e de defesa da agronegócio se dizem confiantes.
Na semana da votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara, líderes governistas demonstram otimismo e falam em um resultado mais expressivo desta vez., nos bastidores falam em "lavada". Sabem do preço de seus colegas e de si mesmos.
Faltando dois dias para a votação, os governistas concentram agora os esforços de convencimento em 30 parlamentares "mais problemáticos", que seriam de diversos partidos da base aliada. O grupo é formado por aliados que cobram cargos e a liberação de emendas. Conviccões? Nenhuma, importam cargos, medidas, favores.
Como algumas demandas são ainda da votação da Reforma Trabalhista, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que é um dos denunciados, entrou diretamente na articulação para resolver as emendas pendentes. "Não são (deputados) contra o governo, só querem uma determinada obra", disse o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), que desde sábado está ligando para aliados para sentir o "preço" da base.
A oposição rebate o clima de otimismo dos governistas e calcula que o governo teria no máximo entre 225 e 230 votos. Independentemente dos cálculos a garantia de ataques aos trabalhadores e a compra de centenas de deputados permite uma confiabilidade no cálculo de Temer que sua impunidade está garantida.
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