quinta-feira 20 de agosto de 2015 | 00:30
(Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados)
Eduardo Cunha (PMDB) pode ser denunciado por corrupção nesta quinta-feira. O presidente da Câmara é acusado de envolvimento no esquema de corrupção de desvio de dinheiro da Petrobrás.
O montante que teria sido intermediado por Cunha seria de 54,5 milhões de reais. O dinheiro seria repassado pelo lobista “Fernando Baiano” a Cunha, que repassaria também ao seu partido, o PMDB.
Desde março Cunha é investigado, após ter sido citado por Youssef. Posteriormente o jornal Folha de São Paulo denunciou que Cunha teria feito requerimentos a comissões da Câmara com intuito de pressionar a empresa Mitsui a retomar pagamento de propina ao PMDB. Júlio Camargo afirmou que Cunha teria pedido 5 milhões de reais.
Cunha é uma figura que vem ocupando os noticiários por representar o setor mais “radical” da oposição de direita ao governo Dilma. Recentemente rompeu publicamente com o governo e prometeu que retribuiria as acusações e envolveria representantes do governo no esquema de corrupção.
Ameaçou o governo a denunciar se fosse denunciado. No entanto, com as medidas de “governabilidade” propostas por Dilma, Levy, Renan Calheiros e Michel Temer (os últimos ambos também PMDB), Cunha está mais isolado e suas ameaças tendem a não surtir efeito.
Frente aos ataques do governo do PT à maioria dos trabalhadores com as medidas de ajuste, Cunha tentou aparecer “por cima”, se diferenciando do governo no momento em que a maioria se desilude com o PT. Agora mais uma vez se “mistura” ao governo, pelo menos naquilo que contraditoriamente sempre os uniu, governar para os ricos usando da corrupção para enriquecer e adquirir poder e privilégios.
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