Começam pequenas as manifestações pelo impeachment, essencialmente de pequenas parcelas da classe média e branca.
domingo 17 de abril de 2016 | Edição do dia
Em São Paulo e em Brasília, começaram pequenas manifestações da direita contra o impeachment, e no Rio de Janeiro os manifestantes ainda nem chegaram.
Na Paulista, em frente à FIESP e ao enorme pato de borracha, o número de defensores do impeachment neste momento está em torno de 10 mil manifestantes. Majoritariamente de classe média branca, com poucos negros ou setores populares, na concentração do ato a FIESP, se pode encontrar manifestantes vestindo fantasias de pato sob um calor de mais de 30 graus. A falta de setores populares neste ato não é para menos. Além de a manifestação defender o golpismo institucional e ser financiada pela FIESP, as manifestações no carro de som as palavras de ordem defendem o fortalecimento da polícia federal e do judiciário, além de manifestar o elitismo contra as classes subalternas e ódio aos pobres.
Junto à FIESP que diz que “não vai pagar o pato”, uma pequena parcela da classe média branca defende que o principal problema do país são os gastos microscópicos com programas sociais, gastos estes que o próprio PT vem cortando desde o início do primeiro mandato do governo Dilma. Junto a estas manifestações se soma figuras reacionárias como o Partido Monárquico e há liberdade para se manifestar o elitismo, o racismo e a xenofobia contra os pobres abertamente.
Em Brasília, as manifestações pelo impeachment na explanada dos ministérios também são principalmente de classe média e branca, quase não se vê negros. São alguns milhares, que ainda estão chegando. Há uma expressão do nacionalismo instrumentalizado pela direita que faz falas elitistas, contra pobres, do carro de som.
No Rio de Janeiro, o numero de manifestantes no ato pelo impeachment chamado pelo Movimento Brasil Livre chegou a cerca de 400 manifestantes.
Neste dia “D”, em que um grande palco foi instalado em várias capitais, com telões e, literalmente, palcos para assistir a votação do impeachment, as três manifestações em Brasília, São Paulo e Rio, estão bem menores do que os atos anteriores à favor do impeachment, com números extremamente menores do que as expectativas dos seus organizadores.
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