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Não é Natural, é Capitalismo | Chuvas paralisam, mais uma vez, a cidade do Recife

Após um ano do episódio que vitimou mais de 130 pessoas, mais uma vez a cidade do Recife vive o caos após chuvas.

quarta-feira 24 de maio de 2023 | Edição do dia

Há quase um ano atrás, mais de 130 pessoas morriam, em grande parte, devido aos deslizamentos durante as chuvas que atingiram a cidade. A tragédia foi anunciada, visto que as chuvas fortes atingem a cidade todo ano e os diferentes governos nada fazem para resolver a questão habitacional da cidade.

Esse ano, mais uma vez, as chuvas em maio paralisaram as cidades. Com apenas 100mm, um valor muito abaixo do que foi registrado no ano passado, a cidade registrou alagamentos. Com isso, milhares de famílias viram a água invadir a sua casa e ainda há os riscos de deslizamento. As aulas foram suspensas e algumas linhas de ônibus também tiveram seu funcionamento suspenso. Mesmo assim, muitos trabalhadores tiveram que ir trabalhar com água na cintura, mostrando o total descaso da patronal com os trabalhadores, visando apenas seu lucro. Por isso é urgente a dispensa sem desconto dos trabalhadores não essenciais, assim como o providenciamento de transporte pelas empresas e pelo Estado para serviços essenciais como hospitais

No entanto, ainda se esperam fortes chuvas para esse ano. Como tanto a prefeitura de João Campos (PSB), como o governo estadual tanto de Paulo Câmara, na época do PSB, como o atual de Raquel Lyra (PSDB) pouco fizeram em relação a questão de contenção dos problemas das chuvas, muitos moradores de comunidades em área de risco já estão tendo que se articular para se preparar para o período chuvoso. Os dois partidos também votaram a favor do novo teto de gastos, o Arcabouço Fiscal do PT, que só irá agravar a situação. Ao mesmo tempo que ainda há bairros com problemas no abastecimento de água. Em pleno Século XXI, com todo o avanço da ciência e da técnica que tivemos, a população mais pobre do Recife ainda tem de conviver com a falta d’água e, ao mesmo tempo, com alagamentos e deslizamentos. Quem anda pela cidade vê como estão surgindo grandes prédios a 1000 por hora, enchendo os bolsos das grandes construtoras e da especulação imobiliária em troca da miséria da população. Por isso é necessário a luta para uma saída de fundo da situação, como uma reforma urbana radical, que garanta moradia digna a todos!. Além disso, é necessário um plano de obras públicas, que garanta a estrutura necessária para evitar alagamentos e garantir o saneamento básico a todos e que ainda combata o desemprego, que está no patamar altíssimo de 12,3% no nosso estado, perdendo apenas para Amapá e Bahia.




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