Um mês depois do encontro de Renato Bolsonaro com a Caixa Econômica Federal em Brasília, em novembro do ano passado, a cidade de Miracatu, onde o irmão do presidente trabalhava como chefe de gabinete, recebeu verba de R$29 milhões, um valor recorde nos últimos 14 anos.
sexta-feira 16 de setembro de 2022 | Edição do dia
Imagem: Divulgação/Facebook
Em novembro do ano passado, o irmão do presidente Bolsonaro, Renato Bolsonaro, participou de uma reunião com a Caixa em Brasília para discutir demandas de recursos para Miracatu, cidade onde trabalhava como chefe de gabinete do prefeito. Um mês depois, a Caixa liberava R$29,6 milhões em repasses do governo federal para o município. Esse volume recorde de dinheiro é o dobro dos recursos viabilizados pela Caixa para Miracatu ao longo de 14 anos.
Miracatu já recebeu mais de R$40 milhões em verbas de convênios com ministérios, R$33,6 milhões desse valor foram autorizados em 2021, a maior parte, R$29,6 milhões, apenas em dezembro do ano passado, logo após a passagem do irmão do presidente pela sede da Caixa.
A Caixa assinou ainda contratos para a realização do portal de entrada da cidade, para qual foi destinado R$3,7 milhões; a reforma do centro de eventos, que custou R$6,5 milhões; e um ginásio de esportes, de R$3,8 milhões.
A visita de Renato Bolsonaro foi guiada pelo assessor do presidente da época, Mosart Aragão, que hoje é candidato a deputado federal pelo PL e faz campanha ao lado do irmão do presidente.
Sobre essas transações no mínimo estranhas, nem a Caixa nem Renato Bolsonaro não quiseram se pronunciar. A Caixa apenas afirmou que está atuando como "mandatária da União" nestes repasses que agem "em conformidade com as regras".
Que tipo de acordo foi esse? Por que o valor recorde nos últimos 14 anos? Qual o verdadeiro motivo dessa festa com dinheiro público? Pois bem, essa é a família Bolsonaro e essa corja de extrema direita que tanto criticam a esquerda de querer "mamar" no governo e nos órgãos federais.