Ser dono de um grande monopólio capitalista de Televisão, no Brasil, te permite direitos de um Super-Homem ou ainda, mais do que isso. É o caso da Globo que escreve e re-escreve a história do jeito que acha melhor para si mesma.
sexta-feira 5 de outubro de 2018 | Edição do dia
Não é de hoje que a família dos Marinho manipula as eleições, mas a grande novidade é que hoje eles se utilizam de inúmeras delações vazadas pelo próprio judiciário golpista com o intuito de manipular o resultado das eleições, neste momento, à favor de Bolsonaro. Mas existem delações que a Globo nunca vai mostrar.
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É o caso de Boni, José Bonifácio Sobrinho, ex chefão da Globo, que em 2011 admitiu a manipulação das eleições em 1989 contra Lula e à favor de Collor. O prêmio da delação de Boni, obviamente, foi conseguir garantir a venda de vários de seus livros. Veja o relato em entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto, na Globonews:
“Então nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma ‘glicerinazinha’ e colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula – mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco”, disse Boni. “Todo aquele debate foi [produzido] – não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo -, mas a parte formal nós é que fizemos”.
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Globo apoiou a ditadura, Collor e agora Bolsonaro, como viemos denunciando no Esquerda Diário. Agora o fazem auxiliados pelos juízes, com suas delações premiadas oferecendo impunidade em troca de "bombas midiáticas" para intervir diretamente no processo eleitoral. Não bastasse terem barrado a candidatura de Lula, Moro e sua mulher agora atuam lado à lado com Bolsonaro ao lado da Globo, seja com o "vazamento" legalizado da delação de Palocci que Bolsonaro agradeceu, seja pela esposa de Moro declarando voto neste candidato ultra-reacionário propagandista da ditadura militar.
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Ao mesmo tempo alertamos que é impossível combater tamanha manipulação da Rede Globo confiando que através do voto no mal menor será possível transformar esta realidade aonde poucas famílias privilegiadas como os Marinho detém o poder político no país, e o poder de controlar as eleições. Tanto Haddad quanto Ciro, hoje representam uma alternativa de se restaurar um pacto com estes mesmos grupos que mandam no país, a burguesia escravista cheia de privilégios que roubam o direito do povo de decidir o futuro da nação utilizando para isso um judiciário golpista e uma mídia totalmente controlada que manipula os resultados eleitoras.
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